Porque toda mãe, acima de tudo, é mulher, tem sentimentos, medos, angústias, paixões, sonhos, frustrações, metas, desejos, vontades e precisa pensar e cuidar de si mesma um pouquinho.

domingo, 27 de fevereiro de 2022

Você sabe da força que tem?

(Post escrito em 2017 e que por algum motivo ficou apenas salvo como rascunho)

Eu te pergunto e gostaria que você realmente pensasse sobre isso: Você sabe a força que tem? Você sabe do que você é capaz de enfrentar, aguentar e vencer?

Há um tempo atrás eu escrevi um post falando sobre mulheres fortes, mulheres guerreiras (clique aqui), o quanto admiro as mulheres assim e como eu gostaria de ser como elas. E como a gente aprende e adquire essa força, essa coragem de encarar a vida, os problemas, os fracassos?

Hoje me olho no espelho e vejo uma mulher muito mais forte do que quando eu comecei a escrever esse blog e comecei a falar sobre o despertar de uma mãe. O despertar me ensinou a buscar uma força que eu não sabia que tinha. Eu aprendi como me fortalecer diante das coisas mais difíceis.
Pode ate parecer meio clichê, afinal todo mundo vai ficando mais forte com o passar dos anos, não tem como passar pela vida sem aprender, sem crescer, sem ficar um pouco calejado com algumas coisas. Mas é tao bom quando você se vê numa situação e você encara de uma forma bem diferente de como encararia antes, porque você aguenta mais, você sabe que vai passar, você sabe mais como lidar, inclusive com você mesma.

De onde vem a nossa forca? Vem primeiro do querer ser forte. A gente não pode ser uma coisa que não quer. E então eh preciso começar a praticar.  Ninguém se torna uma fortaleza de uma dia para o outro, eh preciso muito exercício e esforço e focar na meta.

O mais importante eh tentar não reclamar. Eh difícil, principalmente para nós mulheres, que reclamamos sem nem perceber muitas vezes. Reclamar eh tao básico para nós. Mas quando a gente se policia nesse aspecto e passa a ver a vida com outros olhos, sendo mais positiva ao invés de reclamar, nossa força aumenta.

E isso vale para todos os aspectos de nossa vida. Mas, se você achar muito difícil va devagar, mude um pouco cada vez. Se reclamar do marido, tente olhar mais para suas qualidades. Se reclamar da família, se esforce para ver o que cada um tem de bom, lembre dos bons momentos que ja tiveram juntos, tente resgatar as coisas boas. Se reclamar dos filhos, das crianças, do cansaço e da falta de tempo por causa deles, tente pensar que é uma fase e que logo passa, logo eles crescem e logo não estarão mais em casa.

Sim, voce pode! Voce tem uma forca extraordinária aí dentro, você so precisa encontrá-la e exercita-la.
Tem dias que a gente perde um pouco a forca, eh normal algumas situações nos tirarem do eixo, do equilíbrio. Mas nunca eh tarde demais para se recuperar e se fortalecer novamente.

Agora é hora de fazer uma lista das coisas que você quer pra sua vida, onde quer chegar, quem deseja se tornar, e começar a fazer a mudanças necessárias. No começo, vai parecer que você nunca vai conseguir, eh incrível como tenta nos convencer disso. Eh tao difícil! Você vai se sentir sozinha, perdida, sem rumo. Mas, eh como li uma frase esses dias que dizia que uma flecha tem q ir para trás para pegar impulso, ate acertar o centro do alvo. E como estamos começando, não vamos acertar o alvo de primeira, eh muito difícil, precisamos treinar, e a cada nova flecha, um passo para trás para pegar impulso, ate conseguirmos!

Tudo é possível para quem acredita, busca, sonha e faz acontecer!
Vamos lá meninas, firmes e fortes, guerreiras e poderosas! O céu é o limite para nós!!

*Meu filho adora o Hulk. Hoje ele ate anda mais calmo com essa febre, mas teve uma época que ele encarnava o Hulk e não tinha quem segurasse. Ate me desafiava na hora de obedecer dizendo que era o Hulk e me enfrentava. Ele tirava uma forca não sei de onde. Eu ja estava ficando desesperada, não sabia como tirar isso dele, pois bem não tava fazendo. Ate que eu tive uma ideia, quando ele me disse de novo que era o Hulk e não ia obedecer, eu disse que eu era a Mãe do Hulk. Ele me olhou assustado. A partir daquele dia comecei a incentiva-lo a controlar o Hulk dentro dele, afinal o Hulk "de verdade" faz isso. Mas o ponto que eu queria chegar é que todas nós podemos ser mães de Hulks, Batmans, Homens-Aranha, etc, podemos ser Mulheres Maravilha. Somos as heroínas de nossos filhos, de nosso lar, de nossa geração, de nosso tempo!

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2022

O presente é um presente

 É um clichê, todo mundo já sabe, ouve a toda hora: viva o presente!

Mas o que isso realmente significa?

Eu achava que vivia meus presentes diariamente. Quando descobri que não, foi um grande choque de realidade.

E como mudar a atitude? Como viver o que eu ja achava que vivia? 

Primeiro foi preciso me livrar da teimosia de que eu sabia o que estava fazendo, quando na verdade estava mesmo fazendo errado.

Bom, quando a gente não vive exatamente no presente, tem algumas razões: ou vivemos no passado, ou vivemos no futuro, ou vivemos no passado e no futuro. Em todas essas situações o presente é o mais distante. Entra dia, sai dia, muda a semana, o mês, o ano, e a gente está sempre no ontem ou no amanha e nunca no hoje. Se você vive assim, tem alguma coisa muito errada. E acredite, eu sei do que estou falando e tem conserto sim!

Como tudo na vida, a teoria é uma maravilha, mas a prática é bem mais difícil. Eu precisei de ajuda de terapia, de olhar pra dentro, e de querer mesmo viver mais presente nos meus dias, tanto pra mim quanto pra quem vive comigo, principalmente meus filhos. A mudança foi gradual e nítida. Meus dias passaram a ser melhor preenchidos e muito mais vividos. Quando estou presente no presente sou mais divertida, mais organizada, menos procrastinadora e parece que a vida flui mais leve.

Como é que se vive no passado? Vivendo só de memórias, de saudade, lembrando coisas que já passaram, querendo voltar no tempo e fazer diferente, ficar querendo entender situações vividas que não pudemos controlar, ficar querendo entender a nossa história ou o que fizeram para nós. A gente pode sim lembrar do passado, mas não precisa fazer isso o tempo todo, gastar tanto tempo com isso, e perder o agora, o presente. Quem é que gosta de perder um presente tão lindo e precioso? Ninguém pode mudar o ontem. Já foi, já passou. Aceita e olha para o hoje. 

E como é que se vive no futuro? A tal da ansiedade, de querer acelerar o tempo, de fazer tudo acontecer logo, de fazer mil planos e inventar milhares de condições, de fazer listas imensas de coisas para se realizar num dia que pode ser que nunca chegue, porque nunca é para hoje, é sempre para amanhã. E fica aquela ansiedade do amanhã chegar, e não se vive o hoje, não se consegue reparar no agora, no aqui, no presente.

Tenho 2 exemplos meus que ajudam a entender melhor.

Todo ano fazemos aniversário, aniversário de casamento, aniversário dos filhos, etc e tal.

Esse ano farei 35 anos. Hoje que eu vivo mais no presente, estou bem com a minha idade, não lamento ter passado tanto tempo e também não anseio pelos anos que ainda virão. Mas se fosse antes, quando chegasse o dia exato do meu aniversário, eu não estaria lá, eu estaria lembrando aniversários passados que foram bons e querendo repetir, ou estaria pensando em anos pra frente em fazendo planos impossíveis para determinadas idades que ainda estão mais longe de chegar. Entende?

Outro exemplo: esse ano fizemos 12 anos de casados, eu e o Leo. E foi a nossa melhor comemoração, a primeira vez que eu estava ali, presente 100% do tempo, de corpo e alma, sentindo o momento, sentindo a alegria e a gratidão por nossa jornada até aqui, por nossas conquistas, mas sem ficar lembrando de cada episódio da nossa história, e sem ficar fazendo planos mirabolantes para o futuro, afinal, quando estamos no presente, nada mais nos preocupa, além de viver o agora. Foi uma noite memorável, deliciosa e vamos recordar sim, mas sem parar o presente para reviver o passado. Outra coisa que foi diferente esse ano, que ao estar ali presente, não puxei nada que passou como costumava fazer, e isso acabava até gerando desconforto e muitas vezes nossas comemorações terminavam em brigas, discussões, e nós dois brabos ou chateados um com o outro. Dessa vez curtimos do início ao fim e foi perfeito. E eu percebi que não importa o que se faça para comemorar, se é uma grande festa, uma viagem, um jantar ou apenas um filme no sofá, é nossa atitude que faz o momento ser agradável ou não.


Enfim, eu tenho tido dias muito melhores.

Já faz anos que sigo a minha própria filosofia de "fazer uma coisa de cada vez", e parece que era um lembrete pra mim mesma que eu nunca entendi e consegui realmente praticar, mas estava ali me martelando sempre, até que finalmente entrou em prática e agora eu vivo um momento de cada vez. É ótimo para mentes ansiosas poder viver essa prática. Quando a ansiedade começa a querer dominar, eu puxo o meu mantra "está tudo bem, vai dar tudo certo, vai ficar tudo bem", e no fim tudo passa, tudo dá certo, tudo fica bem, de um jeito ou de outro, com ansiedade ou sem ansiedade, com estresse ou sem estresse.

Esse começo de ano trouxe alguns desafios interessantes...o início das aulas escolares e agora meus 3 filhos indo pra escola e ter que dar conta de tudo, providenciar tudo para os 3: uniforme, tênis, mochila, material, e todo dia prepara os 3. E eu ansiosa ja começo a ficar louca e cansada só de pensar. Mas a eu que agora vive o presente, para e pensa e resolve uma coisa de cada vez, com calma, com planejamento e dá tudo certo. Temos menos gritaria na hora de sair, conseguimos sair mais cedo e sem atrasos e raramente algo é esquecido que precisamos voltar. 

É muito bom me sentir viva dessa forma, aproveitar melhor os dias, a vida! Planejar menos e executar mais. Não deixar para amanhã o que eu preciso viver hoje, porque amanhã já serão outras aguas nesse rio, a correnteza corre depressa, a infância dos meus filhos não espera eu me consertar para enxergar eles crescendo, meu corpo não tem condições de esperar eu me tornar mais saudável para então me cobrar a conta, e assim por diante, use a imaginação para completar a longa lista dos prejuízos de não se viver no presente.