quarta-feira, 30 de julho de 2014
Inspiração e Dicas de Blog
Mas antes vou explicar um pouquinho sobre a série.
Até agora não coloquei nenhum link aqui no blog. No entanto, eu acompanho muitos blogs bacanas e vou acrescentar aos poucos uma lista aqui ao lado. Então, sempre antes de acrescentar o link na lista, vou falar um pouco sobre o blog/site, o pq que eu gosto, o que tem de bacana, quem escreve, etc. A intenção a principio não é fazer propaganda somente, até pq acompanho blogs que eu nem conheço quem escreve, mas sim compartilhar coisas bacanas e que podem ser úteis. Só vou tentar ficar dentro de assuntos que tem a ver com O Despertar de Uma Mãe. No começo pode ser que seja bem frequente pq já tenho uma boa lista.
Quem tiver alguma dica, pode me enviar no email (ellennelliec@gmail.com). Acompanharei por um tempo, e dai posto a dica aqui.
Bom, vamos lá.
O blog da Stephanie é esse aqui.
Ela já esta bem famosa, para saber mais sobre a história dela é só acompanhar seu blog, ou pesquisar no google. Tem inclusive vídeos e tal.
Eu já tinha entrado no blog dela há alguns anos atrás e foi por acaso pq vi alguém comentando sobre a história dela em algum blog. Eu achei interessante, mas não levei muito adiante a curiosidade. Mais ou menos um ano atrás cai de novo no blog dela, soube q ela é da Igreja e resolvi pesquisar mais sobre sua história e descobri que ela até escreveu um livro. Mergulhei de cabeça e viciei. Já li o blog dela inteirinho, a história é linda. Até ganhei o livro (em inglês) no Natal.
A Stephanie e sua história me ajudou muito a despertar. Despertar pra vida, despertar como pessoa, como esposa e principalmente como mãe. De toda a história do acidente, de tudo que ela passou e superou tem muitas coisas que me marcaram muito, inclusive o lado espiritual que me toca bastante lendo o livro. Mas o que mais me "chacoalhou" é quando ela diz no livro (e acho que num vídeo ela tbm fala) que quando ela estava no hospital ela se preocupava muito com os filhos, ela tinha que melhorar logo, voltar pra eles pq só ela como mãe conhecia eles de verdade, as coisas que eles gostavam, o jeitinho de cada um. Então, fica aí a dica do blog dela.
Meu sonho? Um dia encontra-la, poder dar um abraço e dizer "Thank you soooo much!"
sábado, 26 de julho de 2014
Leitura da Semana
Queridas irmãs, sou grato por esta primeira oportunidade de falar às mulheres da Igreja congregadas em todas as partes do mundo. Temos a grande honra de contar hoje com a presença do Presidente Monson e do Presidente Eyring. O coro nos emocionou com sua música e ouvimos as mensagens inspiradoras da irmã Thompson, da irmã Allred e da irmã Beck.
Ao saber que lhes falaria hoje, fiquei pensando nas muitas mulheres que moldaram a minha vida: minha maravilhosa esposa Harriet, minha mãe, minha sogra, minha irmã, minha filha, minha nora e muitas amigas. Em toda minha vida, tive a meu lado mulheres que me inspiraram, ensinaram e motivaram. Sou o que sou hoje, em grande parte, devido a essas mulheres inigualáveis. Sempre que me reúno com as irmãs da Igreja, sinto que estou rodeado de almas igualmente notáveis. Sou grato por estar aqui, grato por seus talentos, sua compaixão e seu serviço. Acima de tudo, sou grato por quem vocês são: preciosas filhas de nosso Pai Celestial, e de valor infinito.
Com certeza não estou dizendo algo novo, mas as diferenças entre homens e mulheres podem ser em geral muito marcantes — física, mental e também emocionalmente. Uma das melhores ilustrações disso está na maneira como eu e minha mulher preparamos uma refeição.
Quando Harriet prepara um prato, é uma obra-prima. Sua culinária é vasta como o mundo, e, muitas vezes, ela prepara pratos típicos de países que já visitamos. A aparência dos seus pratos é inspiradora. De fato, são tão bonitos, que parece um crime comê-los. Eles são um banquete, tanto para os olhos como para o paladar.
Porém, por mais perfeito que tudo esteja, na aparência e no sabor, Harriet sempre vai pedir desculpas por algo que acha estar imperfeito. “Acho que coloquei gengibre demais”, ela vai dizer, ou “da próxima vez, acho que seria melhor colocar mais curry e mais uma folha de louro”.
Agora vou comparar com minha técnica na cozinha. Quando preparei este discurso, perguntei à Harriet que prato eu faço melhor.
Ela respondeu: ovos fritos.
Com gemas inteiras.
Mas isso não é tudo. Preparo um prato especial chamadoKnusperchen. O nome até parece com algum prato sofisticado de um restaurante fino. Vou contar-lhes como prepará-lo. Corta-se o pão francês em fatias finas que depois são torradas duas vezes.
Essa é a receita!
Portanto, entre ovos fritos — mesmo encharcados — e Knusperchen— mesmo queimado — quando cozinho, sinto-me um verdadeiro herói.
Todo esse contraste entre minha esposa e eu talvez seja um pouco exagerado, mas ilustra algo que pode ir muito além da culinária.
Parece-me que nossas notáveis irmãs às vezes subestimam seus talentos — concentram-se no que lhes falta ou é imperfeito, em vez de pensarem naquilo que realizaram e em quem são.
Talvez vocês reconheçam essa característica em alguém que conheçam muito bem.
O aspecto positivo é que ela também é sinal de uma qualidade admirável: o desejo nato de agradar ao Senhor da melhor forma possível. Infelizmente, ela também pode conduzir à frustração, ao cansaço e à infelicidade.
A Todas que Estão Cansadas
Hoje, gostaria de falar àquelas que já se sentiram inadequadas, desanimadas ou cansadas — em resumo, quero falar a todos nós.
Rogo também ao Espírito Santo que amplie minhas palavras e confira-lhes mais significado, profundidade e inspiração.
Sei que às vezes é difícil manter a cabeça fora d’água. De fato, neste mundo de mudanças, desafios e tarefas, às vezes pode parecer quase impossível evitar sentir-nos assoberbados pelas emoções trazidas pelo sofrimento e pela tristeza.
Não quero dizer que bloquear os sentimentos negativos seja simples como desligar um interruptor. Não estamos em um show de auto-ajuda para levar os que afundam na areia movediça a pensar que estão descansando em uma praia. Sem dúvida, em nossa vida sempre há preocupações justas. Sei que há corações aqui, hoje, que abrigam dores profundas. Outros lutam contra temores que perturbam a alma. Para algumas, a solidão é sua provação secreta.
Tais coisas não são insignificantes.
Entretanto, gostaria de falar-lhes sobre dois princípios que podem ajudá-las a encontrar o caminho da paz, esperança e alegria — mesmo nos momentos de provação e sofrimento. Quero falar sobre a felicidade de Deus e sobre como cada um de nós pode experimentá-la, apesar das dificuldades que nos cercam.
A Felicidade de Deus
Primeiramente, quero fazer-lhes uma pergunta: “Qual é, em sua opinião, a maior felicidade possível?” Para mim, a resposta é “A felicidade de Deus”.
Isso nos leva a outra pergunta: “E qual é a felicidade do nosso Pai Celestial?”
Talvez seja impossível responder, porque os Seus caminhos não são os nossos caminhos. Porque assim como os céus são mais altos do que a terra, assim são os caminhos de Deus mais altos e os pensamentos Dele mais altos do que os nossos.1
Embora não conheçamos “o significado de todas as coisas”, sabemos que Deus “ama seus filhos”2, porque disse: “Pois eis que esta é minha obra e minha glória: Levar a efeito a imortalidade e vida eterna do homem”.3
O Pai Celestial é capaz de realizar essas duas grandes obras: a imortalidade e a vida eterna do homem, porque Ele é um Deus criador e compassivo. Criar e ser compassivo são dois objetivos que contribuem para a felicidade perfeita do Pai Celestial. Criar e ser compassivo são duas atividades que nós, como Seus filhos espirituais, podemos e devemos imitar.
A Obra da Criação
O desejo de criar é um dos mais profundos anseios da alma humana. Sejam quais forem nossos talentos, estudos ou nossas habilidades, cada um de nós tem um desejo inato de criar algo.
Todo mundo é capaz de criar. Não é necessário ter dinheiro, destaque ou influência para criar algo que tenha conteúdo e beleza.
O ato de criar proporciona profunda satisfação e realização. Desenvolvemos a nós e a outros quando tomamos nas mãos “matéria inorganizada” e fazemos dela algo belo — e não estou falando do processo de limpeza do quarto de seus filhos adolescentes.
Talvez alguém diga: “Não sou do tipo criativo. Quando canto, sempre estou meio-tom acima ou abaixo da nota. Não consigo traçar uma reta sem uma régua. E a única utilidade prática para o pão que faço em casa é servir de peso de papel ou segurar a porta”.
Se for assim que você se sente, reconsidere, e lembre-se de que você é uma filha espiritual do Ser mais criativo do universo. Não é admirável a idéia de que nosso próprio espírito foi moldado por um Deus infinitamente criativo e eternamente compassivo? Pensem nisto: seu corpo espiritual é uma obra-prima, criada com beleza, funções e capacidades muito além do que podemos imaginar.
Mas com que finalidade fomos criados? Fomos criados com o propósito e com o potencial expresso de experimentarmos a plenitude da alegria.4 Nosso direito nato — e o propósito de nossa grande jornada nesta Terra — é buscar e vivenciar a felicidade eterna. Uma das maneiras de encontrá-la é por meio da criação.
Se você é mãe, você participa da obra de criação com Deus — não só por proporcionar um corpo físico a seus filhos, mas também por ensiná-los e criá-los. Se você ainda não é mãe, os talentos criativos que desenvolver a prepararão para quando esse dia chegar, seja nesta vida ou na eternidade.
Talvez você pense que não tem talento, mas essa é uma conclusão falsa, pois todos temos talentos e dons, cada um de nós.5 A criatividade não tem limites e extrapola as bordas de uma tela ou uma folha de papel, e não requer pincéis, caneta e nem mesmo as teclas de um piano. Criatividade significa tornar existente algo que não existia antes: jardins floridos, lares harmoniosos, lembranças familiares, riso prazeroso.
Aquilo que você cria não tem de ser perfeito. Então, que importa se os ovos estão encharcados ou as torradas queimadas? Não deixe o medo do fracasso desanimá-la. Não deixe que as vozes dos críticos a paralise — sejam vozes de fora ou de dentro de você mesma.
Se ainda assim se sente incapaz de criar, comece aos poucos. Veja quantos sorrisos você pode causar, escreva uma carta de agradecimento, aprenda algo novo, identifique um espaço e o embeleze.
Há cerca de 150 anos, o Presidente Brigham Young falou aos santos daquela época: “Há uma grande obra para os santos realizarem”, disse ele. “Desenvolvam e aperfeiçoem, tornem belo tudo ao seu redor. Cultivem a terra e cultivem sua mente. Ergam cidades, adornem seus lares, plantem jardins, pomares, vinhas e tornem a terra tão agradável que, quando contemplarem seus labores, façam isso com satisfação, e que os anjos possam ter prazer em vir a seus belos recantos e visitá-los. Ao mesmo tempo, procurem sempre adornar sua mente com todas as graças do Espírito de Cristo.”6
Quanto mais confiamos no Espírito e Dele dependemos, maior é a nossa capacidade de criar. Esta é nossa oportunidade nesta vida e nosso destino na vida futura. Irmãs, confiem no Espírito e tenham fé Nele. Quando aproveitamos as oportunidades comuns da vida diária e criamos algo de belo e útil, aprimoramos não só o mundo ao nosso redor, mas também o nosso mundo interior.
Ser Compassivo
Ser compassivo é outra grande realização de nosso Pai Celestial e é uma característica fundamental do povo que somos. Foi-nos ordenado que “[socorrêssemos] os fracos, [erguêssemos] as mãos que pendem e [fortalecêssemos] os joelhos enfraquecidos”.7 Os discípulos de Cristo, em todas as épocas, distinguiram-se pela compaixão. Os que seguem o Salvador “[choram] com os que choram (…) e [consolam] os que necessitam de consolo”.8
Quando agimos para abençoar a vida dos outros, nossa própria vida é abençoada. O serviço e o sacrifício abrem as portas do céu, fazendo fluir sobre nós as mais ricas bênçãos. Seguramente, nosso amado Pai Celestial sorri para aqueles que cuidam do menor de Seus filhos.
Ao edificarmos os outros, nós próprios também somos edificados. O Presidente Spencer W. Kimball ensinou: “Quanto mais servimos ao nosso próximo da maneira adequada, mais substância se agrega a nossa alma”.9
O Presidente Gordon B. Hinckley acreditava no poder restaurador do serviço. Após a morte da esposa, ele deu à Igreja um grande exemplo, mergulhando no trabalho e servindo aos outros. Conta-se que o Presidente Hinckley disse a uma irmã que tinha acabado de perder o marido: “O trabalho vai curar sua tristeza. Sirva ao próximo”.
Tais palavras são profundas. Ao nos perdermos no serviço ao próximo, descobrimos nossa própria vida e felicidade.
O Presidente Lorenzo Snow expressou idéia semelhante: “Quando se sentir triste, olhe ao redor e encontre alguém que tenha uma dificuldade maior que a sua, vá até essa pessoa, descubra o que a aflige e depois procure remover o incômodo com a sabedoria que Deus lhe concedeu; logo você perceberá que sua tristeza terá desaparecido, você se sentirá leve, o Espírito do Senhor estará sobre você, e tudo parecerá luminoso”.10
No mundo atual da psicologia pop, da TV sensacionalista e dos manuais prescritivos de auto-ajuda, esse conselho pode parecer irracional. Dizem-nos às vezes que a resposta para nossos males está em olhar para o próprio umbigo, fazer o que dá prazer, gastar agora para pagar depois e satisfazer os desejos, mesmo à custa dos que nos rodeiam. Embora haja momentos em que seja prudente cuidar primeiro das nossas próprias necessidades, a longo prazo, isso não leva à felicidade duradoura.
Instrumento nas Mãos do Senhor
Creio que as mulheres da Igreja, seja qual for sua idade, estado civil ou papel na família, compreendem e aplicam perfeitamente as palavras de James Barrie, autor de Peter Pan: “Os que trazem o sol à vida dos outros não conseguem deixar de desfrutá-lo também”.11Diversas vezes, testemunhei muitos atos silenciosos de bondade e compaixão de nobres mulheres que foram além da caridade altruísta. Meu coração se regozija ao ouvir relatos sobre irmãs da Igreja e de como elas se apressam em ajudar os necessitados.
Há pessoas na Igreja — homens e mulheres — que não sabem como contribuir para o reino. Às vezes, as solteiras, divorciadas ou viúvas se perguntam se há lugar para elas. Toda irmã na Igreja é muito importante — não apenas para o Pai Celestial, mas para a edificação do Reino de Deus também. Há uma grande obra a realizar.
Há um ano, nesta reunião, o Presidente Monson ensinou que “vocês estão naturalmente rodeadas de oportunidades de serviço. (…) Com freqüência, pequenos atos de serviço são tudo o que é preciso para erguer e abençoar outra pessoa”.12 Olhem ao redor. Ali, na reunião sacramental, existe uma jovem mãe com vários filhos — sente-se ao lado dela e ofereça ajuda. Na sua vizinhança há um jovem que está desanimado — diga-lhe que gosta de sua presença, que sente a bondade dele. Palavras de verdadeiro estímulo requerem apenas um coração amoroso e atencioso, mas podem exercer uma influência eterna na vida dos que a rodeiam.
Vocês, magníficas irmãs, servem ao próximo com compaixão por razões muito superiores ao desejo de obter benefício próprio. Ao fazê-lo, estão imitando o Salvador que, embora sendo Rei, não procurou destaque, nem Se preocupou se era notado ou não. Não Se preocupava em competir com os outros. Seu pensamento estava sempre focado em ajudar os outros. Ele ensinava, curava, conversava com os outros e ouvia-os. Ele sabia que a grandeza nada tinha a ver com sinais externos de prosperidade ou destaque. Ele ensinou e viveu a própria doutrina: “O maior dentre vós será vosso servo”.13
No final, o número de orações que proferirmos pode contribuir para nossa felicidade, mas o número de orações respondidas por nosso intermédio pode ter importância ainda maior. Que nossos olhos se abram para os corações pesarosos, percebam a solidão e o desespero; que sejamos a resposta às orações silenciosas dos que nos cercam, que sejamos instrumentos nas mãos do Senhor para atender a essas orações.
Conclusão
Queridas irmãs, tenho uma fé simples. Creio que, se forem fiéis e diligentes em guardar os mandamentos de Deus, aproximando-se Dele com fé, esperança e caridade, tudo se reverterá para o seu próprio bem.14 Creio que, à medida que vocês se perderem na obra do Pai — ao criar beleza e ter compaixão para com os outros — Deus as envolverá nos braços de Seu amor,15 e o desânimo, o cansaço ou os sentimentos de inadequação darão lugar a uma vida cheia de significado, graça e realização.
Vocês são filhas espirituais do Pai Celestial, e a felicidade é sua herança.
Vocês são filhas especiais do Pai Celestial e, por meio das coisas que criam e pelo serviço compassivo que prestam, são uma grande força para o bem. Vocês farão do mundo um lugar melhor. Ergam a cabeça; caminhem com confiança. Deus ama vocês. Nós amamos vocês e as admiramos.
Disso testifico, e deixo com vocês minha bênção como Apóstolo do Senhor, no nome de Jesus Cristo. Amém."
Para conferir as referencias, segue o link: https://www.lds.org/liahona/2008/11/39?lang=por
sexta-feira, 18 de julho de 2014
De ultima hora
quarta-feira, 16 de julho de 2014
"O que te define?"
Tenho pensado muito sobre quem somos, sobre nossa definição, sobre nosso papel no mundo, sobre nossos atos, sobre ser mulher e que tipo de mulher.
Antes que alguém venha cheia de pedras nas mãos para me atacar, já digo que não estou querendo dizer que não podemos ser frágeis, ter nossos dias de cansaço, desânimo, vontade de desistir, vontade de chorar, vontade de ficar no quarto escuro e dormir o dia todo, vontade de surtar. Podemos e precisamos, às vezes. O que eu estou dizendo é que precisamos ser fortes e saber a hora que chega de nhem nhem, levantar a cabeça e seguir a luta.
Percebi, então, que o jeito era aprender sozinha, enfrentar sozinha, lutar sozinha, vencer sozinha. Não reclamo pois acho que aprendi mais rápido. Talvez se tivesse recebido ajuda demoraria mais a aprender e quando ficasse sozinha de verdade não estaria pronta para mostrar minha força. Todas nós mulheres temos uma força dentro de nós que precisamos encontrar. E depois que encontramos é como os músculos que precisam ser exercitados para ficarem tonificados e fortes.
Não sou ainda a mulher mais forte e guerreira, mas a cada dia vejo grandes progressos, mesmo nas pequenas decisões do dia a dia percebo o quanto já mudei, o quanto melhorei, o quanto me fortaleci, o quanto venci. Cada vitória é uma delícia!
Isso não quer dizer que virei uma fortaleza indestrutível, com um coração de ferro e sem sentimentos. De jeito nenhum. Para algumas coisas até fiquei mais mole.
Mas o que é uma mulher guerreira? Qual o verdadeiro conceito? Quais suas principais características? Ao meu ver, é a mulher que basicamente não reclama. Ok. Você pode rir, porque reclamar é totalmente natural da mulher, mas o que eu quero dizer é que há jeitos e jeitos de reclamar, e é possível diminuir pelo menos a maneira de reclamar. Vamos ao que eu aprendi.
Prezadas mulheres poderosas, parem de reclamar de sua vida nas redes sociais, parem de reclamar do seu dia para seus maridos, namorados, companheiros, familiares que também tiveram um dia cheio e cansativo, parem de reclamar das tarefas domésticas, parem de reclamar dos filhos, da falta de dinheiro, das contas para pagar, das cólicas, dos quilos a mais (ou a menos), da falta de roupa e sapatos no armário, do marido (seja lá qual forem os defeitos dele), parem de reclamar da vida. Encontrem uma solução para cada coisa antes de reclamar. Isso é ser uma mulher forte, uma mulher guerreira.
Eu também não consegui essa proeza ainda. Às vezes escapa uma reclamação aqui e ali. Mas estou tentando evitar, e já vejo as vantagens e benefícios. Sim, pois quando reclamamos menos, e tentamos ver o lado bom e positivo das coisas nos sentimos muito bem. E por que não fortes e guerreiras? E vou te contar um segredo: a melhor sensação do mundo é poder dizer para si mesma “eu venci”.
Se não há uma solução para todos os problemas, há para a maioria. Se a solução depende de outra pessoa, faça o que for possível e aceite que ninguém muda ninguém. A vida tá difícil? Por que? Aposto que você mesma está dificultando ou fez algo ou uma escolha para torna-la assim. Pense um pouquinho, repense, volte no tempo. Você não está onde e como gostaria? Por que? Mude! Faça algo por você! Busque uma solução! Não entre em conflito, nem com você nem com ninguém, apenas busque uma saída e nada de reclamar! Economize, não gaste desnecessariamente. Tem cólicas todo mês? Previna-se com remédios e tome-os no horário certo. Seu(s) filho(s) não te obedece(m), ou qualquer coisa relacionada a ele(s), busque ajuda, leia, converse com outras mães. Seu relacionamento vai mal? Converse, resolva, não reclame, mude. Não tem roupa? Antes de sair comprando mais, faça uma limpa no armário e doe tudo que não usou no último ano, doe para quem realmente não tem. Está acima do peso? Feche a boca, mude seus hábitos, busque ser mais saudável. E por aí vai. Só não vale reclamar!
Tente pelo menos, faça um teste. Se não for bom, e eu duvido que não seja, você decide se quer continuar reclamando ou mudar, ser uma mulher forte, guerreira e mais feliz (tem muitos outros benefícios, mas cabe a cada uma descobrir os seus)!!!
Leitura da Semana
Eu tenho já alguns livros lidos ou com leitura em andamento e vou compartilhar alguns pedacinhos que eu achar interessante.
Lembrando apenas que o que vou postar aqui não significa que eu seja completamente a favor do autor e siga a risca suas orientações, ideias e filosofia. São apenas coisas que considero interessantes e que desejo compartilhar com minhas amigas.
Caso desejem sugerir alguma leitura, fiquem à vontade. Caso queiram compartilhar algum trecho que vocês gostam muito e acham que pode ser útil para outras mamães, podem me enviar no e-mail (ellennelliec@gmail.com) e postarei aqui, colocando os devidos créditos.
Para começar, tinha que ser um trecho do livro A Maternidade e o encontro com a própria sombra, da Laura Gutman:
"Muitos aspectos ocultos de nossa psique feminina são desvelados e ativados com a chegada dos filhos. Estes momentos são, habitualmente, de revelação e de experiências místicas se estivermos dispostas a vive-los nesse sentido e se encontrarmos ajuda e apoio para enfrenta-los."
"Cada bebê é uma oportunidade para sua mãe ou figura materna retificar o caminho do conhecimento pessoal. Muitas mulheres iniciam, com a experiência da maternidade, um caminho de superação, apoiadas por perguntas fundamentais. E muitas outras desperdiçam sem cessar os espelhos multicoloridos que aparecem diante delas neste período, ignorando sua intuição e achando que ficaram loucas, que não podem nem devem sentir este emaranhado de sensações disparatadas.
O bebê consegue manifestar todas as nossas emoções, sobretudo as que ocultamos de nós mesmas. Aquelas que não são apresentáveis socialmente. As que desejaríamos esquecer. As que pertencem ao passado."
"O bebê manifesta a sombra, aquilo que não é reconhecido conscientemente pela mãe."
"Roberto Bly dizia que passamos os primeiros vinte anos de nossa vida enchendo uma mochila com todo tipo de vivências e experiências... E depois passamos o resto do tempo tentando esvazia-la. Esse é um trabalho de reconhecimento da própria sombra. Se nos recusarmos a esvaziar a mochila, ela se tornará cada vez mais pesada, e cada tentativa de abri-la será mais perigosa. Ou questionaremos com sinceridade nossos aspectos mais ocultos, sofridos ou doloridos, ou então esses aspectos procurarão se infiltrar nos momentos menos oportunos de nossa existência."
Quando eu trouxer outro trecho desse livro falo mais sobre a Laura Gutman e sobre porque gosto dessa leitura. Até o próximo post!
quinta-feira, 10 de julho de 2014
Leitura da Semana
"Precisam ser paciente nesta fase tão especial e não exigir de si um rendimento igual ao habitual. Abrir-se à sensibilidade que é aguçada e à percepção das sensações que são vividas com um coração imenso e um corpo que elas, mães sentem pequeno porque são, ao mesmo tempo, bebê e pessoa adulta." (sobre quando chega um bebê)
"O bebê sente como se fossem seus todos os sentimentos da mãe, sobretudo aqueles dos quais ela não tem consciência. A maioria das mulheres não aproveita esta vantagem de ter a alma exposta; é arriscado encarar a própria verdade. No entanto, este é um caminho que inevitavelmente elas percorrerão, embora seja pessoal a decisão de fazê-lo com maior ou menor consciência."
"Criar bebês é muito árduo porque, assim como a criança, para ser, entra em fusão emocional com a mãe, esta, por sua vez, entra em fusão emocional com o filho para ser. A mãe passa por um processo análogo de união emocional. Ou seja, durante os dois primeiros anos, é fundamentalmente uma 'mãe-bebê'. As mulheres puérperas têm a sensação de enlouquecer, de perder todos os espaços de identificação ou de referência conhecidos; os ruídos são imensos, a vontade de chorar é constante, tudo é incômodo, acreditam ter perdido a capacidade intelectual, racional. Não estão em condições de tomar decisões a respeito da vida doméstica. Vivem como se estivessem fora do mundo; vivem, exatamente, dentro do 'mundo-bebê'.
E é indispensável que seja assim. A fusão emocional da mãe com o filho é o que garante que a mulher estará em condições emocionais de se desdobrar para que a cria sobreviva.
O desdobramento da alma feminina ou sua fusão emocional com a alma do bebê é indefectível, mesmo que este processo seja inconsciente. A decisão de trazê-lo à consciência é pessoal. Vale a pena esclarecer que este processo nos surpreende porque não o esperávamos, e em geral costumamos rotular de mil maneiras as sensações incongruentes das mães e as queixas indecifráveis dos bebês. Em muitos casos, são diagnosticadas 'depressões pós-parto', quando a única coisa que acontece é um brutal encontro da mãe com a própria sombra."
"À medida que uma mulher vai assumindo a própria sombra, observa-a, indaga, investiga, questiona a si mesma, libera o filho da manifestação dessa sombra."
"É preciso que as mães enlouqueçam um pouco, e para isso elas precisam do apoio daqueles que as amam, que lhes permitam abandonar sem risco o mundo racional, as decisões lógicas, o intelecto, as ideias, a atividade, os horários, as obrigações. É indispensável submergir nas águas do oceano do recém-nascido, aceitar as sensações oníricas e abandonar o mundo material."
"As mulheres puérperas têm a capacidade de sintonizar a mesma frequência do bebê, o que lhes facilita cria-los, interpretar suas necessidades mais sutis e se adaptar à nova vida. Por isso é frequente a sensação de estar flutuando em outro mundo, sensíveis e emotivas, com as percepções distorcidas e os sentimentos confusos."
"A única pessoa que sabe - sem saber que sabe - é a mãe. Por isso, a principal contribuição que podemos lhe dar consiste em ajuda-la a avaliar suas necessidades e sua intuição, para tomar decisões com respeito à criação de seu bebê."
"Nossa sociedade tem pressa em voltar à normalidade. Todos querem que a mãe volte a ser a mesma que antes, que emagreça depressa, que interrompa a lactação, que volte ao trabalho, que se mostre esplêndida... Enfim, que esteja afinada com os tempos que vivemos. É a era da internet, do e-mail, da telefonia celular, da televisão via satélite, dos aviões e das estradas de alta velocidade. O mundo anda na velocidade da luz enquanto as mãe submergem nas trevas do recolhimento, conservando suas novas formas e pedindo silêncio."
"O mundo poderá se transformar. Chegaremos a Marte, Júpiter ou Netuno, mas necessitaremos sempre de nove longos meses para gerar nossos filhos, de outros nove meses para que comecem a se deslocar com autonomia e de longuíssimos anos para que sejam capazes de enfrentar o mundo sem a ajuda dos pais."
Trecho do livro A Maternidade e o encontro com a própria sombra, de Laura Gutman.
domingo, 6 de julho de 2014
Eu sou Mórmon
Nunca fui muito de falar para as pessoas sobre a Igreja. Nunca escondi, mas também devo ter deixado passar algumas oportunidades missionárias. Muito disso é porque eu não gosto de discutir opinião e sempre tive medo de ser questionada, não saber responder e perder a razão, perder a força para dizer com firmeza de que as coisas que sigo e acredito são verdadeiras.
Frequento a Igreja desde que nasci, cresci nesse meio, nunca tive questionamentos ou dúvidas. Para mim tudo sempre foi simples. É o correto, é o que eu quero para a minha vida.
Às vezes, falhamos em algumas coisas, não damos o exemplo correto, damos margem para que as outras pessoas nos critiquem ou achem que não somos membros assim tão fiéis. No entanto, ninguém é perfeito, cometemos erros sim, e todos temos a chance de nos arrependermos e de fazermos diferente. Alguns erros a gente supera rápido, depois de um tempo já nem lembramos mais, outros são mais difíceis de esquecer, e outros ainda é mais difícil deixar de fazer. Mas é exatamente para isso que temos a igreja, as reuniões e atividades, nossas designações, nossos chamados, nossos deveres, para que possamos nos aperfeiçoar, aprender e mudar para melhor. É um esforço contínuo, diário. Todos os dias preciso lembrar de fazer coisas que me deixem conectadas ao Espírito, que me aproximem de meu Salvador, que me lembrem do propósito dessa vida. E como é difícil, pois a vida é tão corrida, o tempo é tão curto, há sempre tantas coisas para fazer. Mas eu sei, por mim mesma, que quando paro uns minutinhos para orar, para ler as escrituras ou fazer qualquer coisa relacionada, isso é para o meu bem, e realmente faz toda a diferença no meu dia. E quando essas coisas são constantes em nossa vida e se tornam hábitos, acontece algo especial, somos mudados, nossos olhos e nossa mente se abrem, passamos a entender melhor certas coisas, porque acontecem, porque tudo é como é. O processo é demorado, não acontece de um dia para o outro, leva uma vida toda, exige constância e persistência. Não é algo que dá pra fazer algumas vezes e é o bastante, não, precisa ser contínuo durante toda a vida. O trabalho não acaba, sempre tem mais alguma coisa que podemos aprender.
Temos um livro de escrituras, semelhante à Bíblia, chamado O Livro de Mórmon, que contém registros de um povo que foi trazido às Américas pelo Senhor em, mais ou menos, 600 a.C. Este livro contém muitos ensinamentos para nossos dias e por isso somos incentivados a lê-lo todos os dias e por toda a vida. Eu não sei exatamente quantas vezes já li ele inteiro, mas sempre aprendo alguma coisa nova e sempre encontro algo para aplicar em minha própria vida.
Esse evangelho contém os verdadeiros ensinamentos de Jesus Cristo, a fonte da felicidade, os meios para termos a vida eterna junto de nossa família.
Eu sei que quando faço as coisas certas, quando estou em sintonia com o Espírito Santo, Ele é meu companheiro constante, me inspira, me protege, me guia. Não consigo imaginar onde eu estaria hoje se eu não tivesse a Igreja, se não soubesse dessas coisas. O evangelho me transforma, me faz acreditar no que vem pela frente de forma positiva, me dá esperança, me trás felicidade no dia a dia.
Sempre tenho coisas que preciso melhorar, que preciso me esforçar mais para cumprir. O importante é não desistir nunca, é confiar, é ter fé, é colocar as mãos à obra, é se dedicar.
Sou mórmon e sou feliz por ser membro de A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias!!