Porque toda mãe, acima de tudo, é mulher, tem sentimentos, medos, angústias, paixões, sonhos, frustrações, metas, desejos, vontades e precisa pensar e cuidar de si mesma um pouquinho.
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terça-feira, 26 de abril de 2016

Do lar, recatada e bela

Eu não poderia deixar de fazer um post para falar sobre esse assunto. Eu sei que gerou muita polemica durante uma semana inteira e ate ja cansamos desse assunto. Mas eu considero importante esses questionamentos sobre o papel e o lugar da mulher na sociedade, e tem tudo a ver com a mensagem que eu tento passar com O Despertar de Uma Mae.

Muito se falou sobre feminismo, femininas, machismo, patriarcado, submissão, bla bla…

E eu vou falar o que eu acho.
Sou do lar. Talvez eu tenha tido uma criação tendenciosa para isso, quando brinquei de boneca, de casinha e fazer comidinha, ou por ter tido uma mae q era do lar. Mas vou falar que minha mae deu conta de sustentar nossa família por alguns anos enquanto meu pai esteve desempregado, pois ela tinha um hobby e fez dele seu trabalho para prover em nosso lar. 
Eu cresci sempre me imaginando casada, dona de casa e criando filhos. Mas quando cheguei na adolescência me deparei com uma cobrança para escolher uma profissão, escolher uma gradução, escolher uma faculdade. Foi tao difícil decidir o que queria ser, afinal na minha cabeça eu so queria ter um marido, uma casa, filhos e cuidar de tudo isso. O que eu via do mundo era que as mulheres não precisavam de um diploma para essa profissão do lar.
Mas a coisa ficou seria. Bom, minha segunda coisa favorita alem de brincar de casinha, era brincar de escolinha. Então decidi que queria ser professora. Mas essa minha ideia foi muito criticada, todo mundo dizendo que professora ganha mal, que eu morreria de fome. E na minha cabeça eu pensava, perai, o mundo ta me dizendo q eu não vou casar e ter um marido que me sustente? Eu so quero ser dona de casa, ter filhos, fazer o q eu gosto. Sim, o mundo me apresentou essa possibilidade, de que talvez eu nunca encontrasse o meu par perfeito, de que talvez eu nunca fosse boa o suficiente para alguém, de que talvez eu nunca fosse amada. Uau, que drama! Mas vc ja parou pra pensar nas mensagens que as crianças e jovens recebem de nós e do mundo?

Ops, essa historia vai ficar longa. Ok. Decidi por uma profissão que parecia melhor, com a qual eu poderia ter melhores oportunidades no mercado de trabalho, caso o príncipe encantado não aparecesse. Foi então que eu fui percebendo que na época, os homens, os rapazes, os garotos que também tinham seus sonhos do que gostariam de ser, eles também estavam sofrendo uma certa pressão e tudo ficando cada vez mais difícil. E aqueles garotos que sonhavam em serem provedores de seus lares, agora se deparavam com um mercado de trabalho muito competitivo, exigindo muito mais qualificação e pagando menos, pagando pouco, não sendo o suficiente para manter uma casa, esposa do lar e filhos. Qual a saída? Mulheres entrando nessa competição de vagas e posições para poderem ajudar seus maridos e juntos poderem ir atras de seus sonhos e terem uma vida confortável, proporcionando o melhor para seus filhos. Aliás, filhos esses que chegam cada vez mais tarde, pois as prioridades do casal são outras agora. 

Com um tom um pouco de brincadeira, isso não é uma critica a quem tem esse estilo de vida, porque nessa historia não tem o que é certo e o que é errado, só tem o que cada um deseja para si e o que consegue fazer para alcançar dentro de suas possibilidades.

Enfim, resumindo. Me formei na faculdade, comecei a trabalhar. Trabalhava demais, ganhava pouco e era revoltante ver a forma como minha chefe, uma mulher que “ascendeuü, tratava as outras mulheres. Pedi demissão e joguei tudo pro alto, não aguentava assistir aquilo todos os dias. 
Mas eis que a vida sorriu pra mim e na mesma semana eu conheci meu marido, e ele se apaixonou e as coisas foram acontecendo entre nós. E felizmente ele já tinha formação, pós gradução e um bom emprego para iniciarmos nossa família e me permitir ser apenas dona de casa. 

No começo muitas pessoas achavam estranho e perguntavam quando eu ia começar a trabalhar. Sim, porque hoje é estranho uma mulher jovem ser dona de casa, ainda mais sem filhos. As pessoas se espantam e já dizem que você não faz nada. Eu realmente não fazia nada, dormia muito durante o dia, mas eu ainda não tinha despertado. Hoje eu vejo quanta coisa útil eu poderia ter aprendido e feito de melhor como dona de casa e esposa. Mas, tudo bem, cada um tem seu tempo para aprender. E onde eu parei mesmo?

Ok. Sou do lar. Sou feliz assim. Adoro cuidar da minha casa, acompanhar o crescimento e desenvolvimento dos meus filhos, fazer comida e agradar o meu marido. Nossa família funciona bem assim. Mas por outro lado, eu sinto que eu posso fazer mais, que eu posso contribuir para o mundo fazendo mais. E é por isso que eu escrevo, gravo videos, e tento compartilhar o que eu penso, o que eu acho, o que eu aprendo. Mas não é esse o ponto de tudo isso. O ponto é que sou do lar porque eu eu quero, porque eu gosto, porque é o que sempre quis e porque as condições de minha família assim permitem. Não porque meu marido é machista, porque sou tratada com inferioridade, porque sou submissa, porque não sou valorizada, porque não tenho capacidade, porque sou obrigada.

Sobre o recato. Ai, é tão complicado falar a opinião da gente assim. Sempre alguém entende errado, ou se ofende, ou critica fazendo inversão do que foi dito. Só digo que mantenho um padrão de recato sim, no vestuário, na aparência, no agir e no falar.

E sobre ser bela. É claro que sou bela nas fotos do instagram, do facebook, nos meus videos, em ocasiões especiais, e geralmente quando saio de casa. Mas não acordo bela todo dia, nem eu, nem ninguém. O ser bela depende da gente, da gente se gostar, se aprovar, se amar do jeito que a gente é. É valorizar o que a gente tem de melhor e deixar pra lá os defeitinhos. É se cuidar, é pensar em si mesma, é se olhar no espelho e gostar do que vê. E mais do que isso, ser bela é ser feliz. Nada adianta estar maquiada, bem vestida, em cima de saltos bem altos, e infeliz ou frustrada com a vida.


Por isso mulherada, sejamos lá o que for, temos que ser as melhores, dar o nosso melhor naquilo que decidimos fazer. Temos um potencial para atingir. Não existe profissão melhor ou pior, existe você fazendo o seu melhor, seja lá qual for a sua posição. E mais que isso, vamos gostar de nós mesmas e nos valorizar!

sábado, 9 de janeiro de 2016

O que te faz se sentir viva?



Esse eh um post sobre as coisas simples da vida, mas que nos fazem nos sentir vivas!
Varias coisas nos dao essa sensação, mas vou falar um pouquinho de uma experiência minha dessa semana.

Ok. O que te faz se sentir viva? O que te faz se sentir feliz? O que te faz sentir prazer?

O que a gente sente quando ta viva na vida? A gente tem uma sensação gostosa, vc se sente completa, vc tem a sensação de que vc esta plena, ta preenchida, essa eh a sensação de estar viva.

E o que desperta isso? Eu acho que quando somos maes e estamos sempre em casa na rotina, toda a nossa atenção vai para as crianças, e eh difícil pq criança não sabe e não entende quando vc não ta afim de conversar ou de ouvir. Ou ate mesmo vc que não eh mae ainda, mas eh mulher e tem uma rotina puxada de trabalho, estudo, tarefas de casa, etc... E o que vc faz pra se sentir viva, se sentir útil? A mulher precisa sentir que o que ela faz eh importante pra alguém, e não eh esperando reconhecimento, pois os filhos não vao reconhecer. Eles reconhecem so depois de 20, 30 anos, so quando eles saem de casa, que eles casam, que eles tem os próprios filhos, eh quando eles reconhecem o que a mae fez por eles. Hoje enquanto são crianças não tem essa capacidade de reconhecer e nem eh o papel deles, e nem eh a obrigação deles. O marido, as vezes, esta tao ocupado, tao atarefado, tao estressado que também não tem tempo de reconhecer o nosso trabalho. As vezes, a gente mesmo tem que se dar um reconhecimento, tem que buscar formas de se sentir viva...As vezes, a gente tem que se "autopremiar" por algumas coisas.

Por exemplo, tive uma semana difícil, as crianças estavam doentes, eu fiquei doente, agora esta todo mundo melhor, esta tudo muito bem, mas eu estou destruída. O que eu vou fazer?
Eu vou dar uma volta no mercado, vou fazer as compras da semana, comprar as comidas que eu gosto de comer, as coisa que eu gosto de fazer, as coisas que as crianças gostam, a comida preferida do marido... Eh assim que eu me sinto viva! Claro que no final das compras, quando estou passando no caixa, eu pego um cookie pra ir comendo no carro, pq eh meu "prêmio". Eh o que eu gosto de fazer. Eu gosto de ficar em casa, eu gosto de cozinhar, eu gosto de cuidar dos meus filhos, gosto de limpar a casa, gosto de agradar meu marido, mas eu preciso ter o meu momento de prazer, E eh uma coisa simples e bem pequena. Podia ser outra coisa, vai de cada um. Alias, tem outras pequenas coisas também que acontecem numa semana, por exemplo, que da o mesmo sentimento. Eh aquele dia que as crianças dormem cedo e sobra tempo para tomar um banho longo, hidratar o cabelo. Ou aquele dia que a casa fica em ordem cedo e sobra um tempinho de pintar a unha. Ou então aquele dia que você acorda antes de todo mundo e consegue tomar um cafe da manha sossegada e ainda preparar algo bem gostoso pro resto da família.
E nao eh pq eu to de dieta q eu vou deixar de comer as coisas que eu gosto. Da pra se agradar comendo saudável. Eu posso comer salada do meu jeito preferido, não precisa ser ruim, ser um sacrifício taaaao grande assim. Eh so descobrir as coisas que a gente gosta mais. A comida saudável pode ser saborosa, apetitosa, eh so a gente se organizar, comprar os ingredientes certos e preparar as refeições do nosso jeitinho. As vezes, a gente pensa em dieta e ja pensa em comida sem sabor, so alface, porções pequenas, e não eh bem assim. Da pra comer bem sim! Tem muita receita saudável e com poucas calorias, menos gordura, menos açúcar e q eh gostoso também. E ai vem outro momento prazeroso, q eh buscar receitas novas, preparar comidas saudáveis, isso também traz uma sensação boa, de que vc ta fazendo algo bom pra vc e sua família e ainda tem o lucro de tornar as refeições mais saudáveis, trazendo mais benefícios pra todo mundo. Mesmo quem não precisa emagrecer pode buscar esses momentos de prazer ao planejar e preparar refeições mais saudáveis para a família. Eh uma sensação gostosa, e deixa a gente mais feliz!
Isso eh o que me faz me sentir viva, sentir que estou fazendo uma coisa importante e do jeito certo. E isso eh bem importante, pq quando vc sente que esta vivendo do jeito que vc gosta, que vc ta feliz, que vc ta plena, vc ta animada, vc transmite esses bons sentimentos para quem esta a sua volta.

A mulher eh o termômetro do ambiente, da casa, do lugar onde ela
esta exercendo o papel dela. Então, se eu to bem, se eu to feliz, se eu to satisfeita com a minha vida, minha família vai ficar bem, meus filhos estarão bem, todo mundo equilibrado. A mae eh o equilíbrio, a mae tem q estar equilibrada para todo o resto entrar no eixo. Agora, se a mae não ta contente, não ta feliz com a vida q tem, com o q faz, consequentemente tudo começa a desandar, ate q vc acaba perdendo o controle das coisas. Não adianta ficar procurando, procurando, procurando felicidade. Eh preciso ir direto ao ponto: o q vc gosta de fazer? O que te da prazer? O que te faz feliz? O que te deixa plena?
A gente nao pode forcar a ser o q não somos. Mas também tem uma coisa, tem o outro lado, uma coisa que eu acho bem importante falar. Não da pra ir em busca da felicidade la fora e deixar de estar presente na educação e no desenvolvimentos dos filhos. Eh nossa responsabilidade preparar a próxima geração e ajuda-los a serem o melhor que eles podem ser.
Esse eh o despertar da mae, o despertar da mulher. Fazer o que gosta, estar focada no que eh mais importante e se sentir feliz!

E pra voce? O que te faz se sentir viva?

Ja leu o post "O que te define?"? Eh so clicar aqui.

quarta-feira, 16 de julho de 2014

Leitura da Semana

Hoje vamos inaugurar a primeira série do blog. Não vai ter um dia fixo, por enquanto, mas acontecerá, pelo menos, uma vez por semana. Nessa série postarei citações de algum livro ou artigo sobre maternidade, filhos, educação e/ou qualquer assunto relacionado.

Eu tenho já alguns livros lidos ou com leitura em andamento e vou compartilhar alguns pedacinhos que eu achar interessante.

Lembrando apenas que o que vou postar aqui não significa que eu seja completamente a favor do autor e siga a risca suas orientações, ideias e filosofia. São apenas coisas que considero interessantes e que desejo compartilhar com minhas amigas.

Caso desejem sugerir alguma leitura, fiquem à vontade. Caso queiram compartilhar algum trecho que vocês gostam muito e acham que pode ser útil para outras mamães, podem me enviar no e-mail (ellennelliec@gmail.com) e postarei aqui, colocando os devidos créditos.

Para começar, tinha que ser um trecho do livro A Maternidade e o encontro com a própria sombra, da Laura Gutman:


"Muitos aspectos ocultos de nossa psique feminina são desvelados e ativados com a chegada dos filhos. Estes momentos são, habitualmente, de revelação e de experiências místicas se estivermos dispostas a vive-los nesse sentido e se encontrarmos ajuda e apoio para enfrenta-los."

"Cada bebê é uma oportunidade para sua mãe ou figura materna retificar o caminho do conhecimento pessoal. Muitas mulheres iniciam, com a experiência da maternidade, um caminho de superação, apoiadas por perguntas fundamentais. E muitas outras desperdiçam sem cessar os espelhos multicoloridos que aparecem diante delas neste período, ignorando sua intuição e achando que ficaram loucas, que não podem nem devem sentir este emaranhado de sensações disparatadas.
O bebê consegue manifestar todas as nossas emoções, sobretudo as que ocultamos de nós mesmas. Aquelas que não são apresentáveis socialmente. As que desejaríamos esquecer. As que pertencem ao passado."

"O bebê manifesta a sombra, aquilo que não é reconhecido conscientemente pela mãe."

"Roberto Bly dizia que passamos os primeiros vinte anos de nossa vida enchendo uma mochila com todo tipo de vivências e experiências... E depois passamos o resto do tempo tentando esvazia-la. Esse é um trabalho de reconhecimento da própria sombra. Se nos recusarmos a esvaziar a mochila, ela se tornará cada vez mais pesada, e cada tentativa de abri-la será mais perigosa. Ou questionaremos com sinceridade nossos aspectos mais ocultos, sofridos ou doloridos, ou então esses aspectos procurarão se infiltrar nos momentos menos oportunos de nossa existência."

Quando eu trouxer outro trecho desse livro falo mais sobre a Laura Gutman e sobre porque gosto dessa leitura. Até o próximo post!

quinta-feira, 10 de julho de 2014

Leitura da Semana

Para mamães:

"Precisam ser paciente nesta fase tão especial e não exigir de si um rendimento igual ao habitual. Abrir-se à sensibilidade que é aguçada e à percepção das sensações que são vividas com um coração imenso e um corpo que elas, mães sentem pequeno porque são, ao mesmo tempo, bebê e pessoa adulta." (sobre quando chega um bebê)

"O bebê sente como se fossem seus todos os sentimentos da mãe, sobretudo aqueles dos quais ela não tem consciência. A maioria das mulheres não aproveita esta vantagem de ter a alma exposta; é arriscado encarar a própria verdade. No entanto, este é um caminho que inevitavelmente elas percorrerão, embora seja pessoal a decisão de fazê-lo com maior ou menor consciência."

"Criar bebês é muito árduo porque, assim como a criança, para ser, entra em fusão emocional com a mãe, esta, por sua vez, entra em fusão emocional com o filho para ser. A mãe passa por um processo análogo de união emocional. Ou seja, durante os dois primeiros anos, é fundamentalmente uma 'mãe-bebê'. As mulheres puérperas têm a sensação de enlouquecer, de perder todos os espaços de identificação ou de referência conhecidos; os ruídos são imensos, a vontade de chorar é constante, tudo é incômodo, acreditam ter perdido a capacidade intelectual, racional. Não estão em condições de tomar decisões a respeito da vida doméstica. Vivem como se estivessem fora do mundo; vivem, exatamente, dentro do 'mundo-bebê'.
E é indispensável que seja assim. A fusão emocional da mãe com o filho é o que garante que a mulher estará em condições emocionais de se desdobrar para que a cria sobreviva.
O desdobramento da alma feminina ou sua fusão emocional com a alma do bebê é indefectível, mesmo que este processo seja inconsciente. A decisão de trazê-lo à consciência é pessoal. Vale a pena esclarecer que este processo nos surpreende porque não o esperávamos, e em geral costumamos rotular de mil maneiras as sensações incongruentes das mães e as queixas indecifráveis dos bebês. Em muitos casos, são diagnosticadas 'depressões pós-parto', quando a única coisa que acontece é um brutal encontro da mãe com a própria sombra."

"À medida que uma mulher vai assumindo a própria sombra, observa-a, indaga, investiga, questiona a si mesma, libera o filho da manifestação dessa sombra."

"É preciso que as mães enlouqueçam um pouco, e para isso elas precisam do apoio daqueles que as amam, que lhes permitam abandonar sem risco o mundo racional, as decisões lógicas, o intelecto, as ideias, a atividade, os horários, as obrigações. É indispensável submergir nas águas do oceano do recém-nascido, aceitar as sensações oníricas e abandonar o mundo material."

"As mulheres puérperas têm a capacidade de sintonizar a mesma frequência do bebê, o que lhes facilita cria-los, interpretar suas necessidades mais sutis e se adaptar à nova vida. Por isso é frequente a sensação de estar flutuando em outro mundo, sensíveis e emotivas, com as percepções distorcidas e os sentimentos confusos."

"A única pessoa que sabe - sem saber que sabe - é a mãe. Por isso, a principal contribuição que podemos lhe dar consiste em ajuda-la a avaliar suas necessidades e sua intuição, para tomar decisões com respeito à criação de seu bebê."

"Nossa sociedade tem pressa em voltar à normalidade. Todos querem que a mãe volte a ser a mesma que antes, que emagreça depressa, que interrompa a lactação, que volte ao trabalho, que se mostre esplêndida... Enfim, que esteja afinada com os tempos que vivemos. É a era da internet, do e-mail, da telefonia celular, da televisão via satélite, dos aviões e das estradas de alta velocidade. O mundo anda na velocidade da luz enquanto as mãe submergem nas trevas do recolhimento, conservando suas novas formas e pedindo silêncio."

"O mundo poderá se transformar. Chegaremos a Marte, Júpiter ou Netuno, mas necessitaremos sempre de nove longos meses para gerar nossos filhos, de outros nove meses para que comecem a se deslocar com autonomia e de longuíssimos anos para que sejam capazes de enfrentar o mundo sem a ajuda dos pais."

Trecho do livro A Maternidade e o encontro com a própria sombra, de Laura Gutman.

terça-feira, 10 de junho de 2014

Planejando demais

Meu marido sempre me diz que planejo demais. E realmente é um péssimo hábito. Na minha cabeça tem um plano para tudo, é tudo esquematizado. Mas tem dois problemas nisso. Um, que eu tenho trabalhado bem de uns tempos pra cá e tenho melhorado, que é a frustração quando tudo, ou apenas uma coisinha, foge do planejado. Eu comecei a ter um plano B para determinadas coisas, e me preparar psicologicamente com antecedência para quando não der certo. E até que funciona. O segundo problema é que eu perco muito tempo planejando e não me sobra tempo para agir. Ótima em planejar, péssima em executar. E como diz o Sr. L., estou sempre no gerúndio, tentando, ando, endo, indo, e não chego em lugar nenhum. E ele tem razão. Já reparei que o dia rende muito mais e me canso menos quando decido na hora o que vou fazer, começo e vou até o fim. Vivendo e aprendendo sempre!

E ai, como é com você? Tem um esquema para tudo? E quando escapa do planejado, como você lida?

Não estou falando do dia a dia, da rotina, porque provavelmente se você tem filho em casa deve ter uma rotina semanal, já deve estar no esquema. Se ainda não está, vai acabar acontecendo mais cedo ou mais tarde, não tem jeito. O planejamento que estou falando é para situações que saem da rotina, como os finais de semana, os passeios, as visitas, etc. Ou também pode entrar nessa lista aquelas coisas que nunca se encaixam na rotina, aquelas tarefas em que a gente precisa ir além, sair da zona de conforto, fazer um esforço e que exigem um plano.
O que me atrapalha muito em não conseguir cumprir meus planos é a ansiedade. Tenho uns picos de ânimo e quero fazer tudo logo, e justamente quando eu fico assim, achando que sou a mulher maravilha e que vou conseguir, o filho percebe e quer mais atenção nesse dia, faz manha, apronta para chamar a atenção, e tudo da errado. Chega o final do dia, eu não fiz o planejado, fugi da rotina, estou exausta e derrotada.

Lição aprendida: Não planeje muito, nos mínimos detalhes. Tenha em mente o básico e vai indo conforme o ritmo permitir. Com filho é assim mesmo, não é??!??

segunda-feira, 9 de junho de 2014

Sorria :)

Um belo dia você acorda e se dá conta de que você não é mais o centro das atenções da casa e que além disso tem um ser indefeso que depende totalmente de você para tudo. Aliás, depende exclusivamente de você para algumas coisas e a maior parte do tempo. E agora? Virei mãe! O que fazer? Deita no chão e chora? Grita por socorro? Dá para voltar atrás? NÃO!

Muita calma, não precisa complicar, logo você aprende, pega o jeito, se acostuma e quando perceber já não consegue viver sem. E isso vai um pouco além, às vezes, você já começa a pensar em como será quando chegar o dia em que seu filho deixar o ninho porque não precisa mais de você. Mas não queremos sofrer de ansiedade por antecipação. Vamos com calma, um passo de cada vez, um dia de cada vez. Ainda estamos nos descobrindo como mães apenas!

Primeira coisa: Sorria! É fundamental. Sorria todos os dias. Quando seu filho acordar e você for pegá-lo, vá sorrindo para ele.
Pense: que imagem você quer que seu filho tenha da mãe dele? Daqui poucos anos, quando ele já souber se expressar e perguntarem a ele sobre sua mãe, o que você gostaria que ele dissesse? Que você nunca sorri e esta sempre de mal humor? Ou que ele tem uma mãe alegre e feliz que acorda sorrindo?

Pense nisso e até o próximo post! Amanhã tem mais!

Introdução

Esse blog nasceu da minha vontade de escrever sobre pensamentos e ideias aleatórios que vem surgindo desde que me tornei mãe. Um pouco inspirado no livro da Laura Gutman, A Maternidade e o Encontro com a Própria Sombra, onde o próprio título já diz muito. Eu senti sim que a maternidade despertou muita coisa em mim, sombras que eu carregava e nem sabia. Aos poucos tenho aprendido lidar com elas e ate me desfazer de algumas. E nesse espaço vou compartilhar as minhas descobertas, minhas ideias, meus pensamentos, o que me muda e me molda a cada dia.

Bem vindas(os) ao meu mundinho!!

Existem muitos blogs sobre maternidade, acompanho vários e adoro. Este blog será um pouco diferente, onde o foco é a mãe e não tanto os filhos. É o olhar para dentro, pois eu sei que é bem difícil, mas necessário. Nossos filhos são a coisa mais importante mas, às vezes, a mãe também precisa de cuidado, recarregar a bateria, senão perde o foco, se perde, e quando percebe perdeu o controle. A mãe pode sim olhar para si, pensar em si e cuidar de si. Dá para equilibrar.

Você pode estar pensando que eu estou viajando, sonhando com o impossível. Eu mesma já cheguei a pensar isso. E olha que só tenho 1 filho (por enquanto). Mas é possível sim, com paciência e treino dá para se reencontrar, despertar nosso "eu-mulher" e ser uma mãe ainda mais feliz. Os maridos agradecem. No fim das contas todos saem ganhando, eu garanto!

Hoje mesmo teremos um post novo. Aguarde e me acompanhe!