domingo, 28 de dezembro de 2014
Encerrando 2014
Quando eu escolhi o nome do blog, despertar parecia uma boa definicao do que eu queria passar (e ainda quero), mas eu tambem nao imaginava o quanto eu ainda despertaria esse ano.
Despertar pra mim eh acordar, eh se dar conta, eh cair na real, eh sentir, eh assumir, eh admitir, eh lutar, eh fazer acontecer, eh levantar, eh crescer, eh aprender, eh ficar mais forte, eh aproveitar, eh se informar, eh prestar atencao, eh correr atras, eh ter animo, eh viver plenamente cada segundo da vida. O despertar acontece aos poucos, um de cada vez. Um dia acordei, outro dia me dei conta, outro dia cai na real, outro dia senti e aprendi a assumir e admitir que a partir de agora precisava lutar contra o que me derrubava e precisava fazer as coisas na minha vida acontecerem, pq a minha historia depende de mim para ser escrita, e eu quero ter orgulho de publicar o meu livro, nao ter vergonha do que estiver ali marcado para sempre. Levantei, sacudi a poeira, estou aprendendo, busquei ajuda para ficar e me sentir mais forte, tenho mais animo, sou mais ativa, posso ver a diferenca do despertar em mim.
O ano esta quase acabando e foi um ano maravilhoso. Posso dizer com toda certeza de que estou deixando para tras tudo que eu tinha de carga extra e desnecessaria na minha bagagem, que hoje so carrego o que eh bom, o que me eh util, o que eh leve, o que me traz paz e felicidade. Foi um ano cheio de mudancas pra mim. Ahhh como mudei!!! As vezes, nem me reconheco! As vezes, vejo em outras pessoas minhas velhas caracteristicas e manias e so sinto gratidao por ter despertado. Com certeza, nao estaria aqui se tivesse continuado a ser quem eu era. Sempre digo sobre a nova e a velha eu, elas sao muito diferentes. Eu prefiro mil vezes a nova. Bem que eu gostaria de poder listar tudo o que eu mudei. Talvez quem veja de fora nao perceba, mas nao sou mais a mesma, nem quero voltar a ser.
E para finalizar um ano tao bom, nao podia faltar outra mudanca maravilhosa, uma mudanca de vida, uma mudanca de país. Que enorme bencao tem sido para nossa familia a realizacao desse sonho. Um sonho que era do Leo, desde antes de me conhecer, um sonho q eu demorei para entender, e que depois eu aprendi a sonhar junto. E como diz o ditado: Sonho que sonha junto eh realidade! Temos muitos desafios ainda pela frente ate tudo se ajeitar e entrar no eixos, mas estamos unidos e vivendo um dia de cada vez, com paciencia e fe de que tudo vai dar certo no tempo certo.
Obrigada por acompanhar O Despertar de uma Mãe! Comecaremos 2015 com muitas novidades, muitas coisas boas e o blog vai voltar com tudo!
Boas festas de final de ano e um excelente comeco de ano novo para todos nós!!!
Obs: Foi dificil postar nesse tempo todo por falta de um computador que colaborasse. Tentei varios posts, iniciei e acabei desistindo pq travava ou pq perdia tudo. Pelo ipad as vezes ate vai, mas para escrever muito eu nao me dou muito bem, acabo perdendo a linha de raciocinio por que eh mais devagar para escrever la. Aos poucos as coisas vao se ajeitando e melhoro a frequencia dos posts. Nao deixe de nos seguir, de entrar sempre. Nao vou mais divulgar o blog no facebook, se quiser saber sempre das novidade inscreva seu email ao lado e voce recebera os posts novos fresquinhos!
sexta-feira, 3 de outubro de 2014
Voce topa um desafio?
sábado, 13 de setembro de 2014
Desafio
sexta-feira, 29 de agosto de 2014
Ah, o AMOR!
O que é o amor pra você? Já parou pra pensar?
Depois dos filhos o amor não pode esfriar, não pode ficar de lado.
O que você faz para cuidar do seu amor?
terça-feira, 26 de agosto de 2014
Polêmicas e Bom Senso
Confesso que estava morrendo de vontade de escrever esse post para falar sobre assuntos polêmicos. Vocês vão concordar comigo que a maternidade é rodeada de assuntos polêmicos. Começa lá trás, antes mesmo de engravidar já tem um monte de gente dando palpite, com opiniões diferentes sobre tudo! Eu costumo apenas me divertir com essas polêmicas, pois não gosto de bater boca. Tenho minha opinião, e hoje vocês vão saber qual é, mas não fico postando no face, comentando quem fala e tal. Primeiro que não sei argumentar, eu preciso pensar, pensar, pensar (igual o Pooh). Segundo que discutir não leva a nada, não muda o que o outro pensa e dificilmente a gente se permite mudar o que pensa também, mesmo que o outro esteja certo. Não costuma ser assim?
Bom, eu não vou citar TODAS as polêmicas da maternidade porque isso levaria uma vida inteira. Vou citar algumas, as que tem a ver comigo, minhas ideias. Se precisar faço outro post depois continuando.
Fiquem a vontade para comentar e compartilhar, so nao vale brigar!
Vamos lá??? Vou tentar seguir uma ordem.
1-) Quantos kgs engorda-se na gravidez. Minha opinião? É lindo ver uma grávida em forma, que só aumentou a barriga. Chega a dar inveja, certo? E a grávida redondinha, bochechudinha, que não consegue andar, sentar, levantar? Todos olham horrorizados. Mas gente, temos que levar muito em consideração o histórico da mãe, a situação dela, o emocional e tudo mais antes de julgar. Ansiedade não escolhe onde vai se instalar. Tudo bem, concordo que tem mulher relaxada mesmo, que come por dois de propósito, mas nem todo caso é assim.
Agora vou falar por mim, como foi minha experiência. Eu enjoei por quase 6 meses. Já engravidei acima do peso, e no começo perdi 5 kg. Sofri muito e hoje sou grata por ter tido tanto enjoo. Engordei 15 kg no total, os 5 que eu recuperei, mais 10. Detalhe que os 10 foram adquiridos em praticamente 4 meses. Se não fossem os enjoos, provavelmente eu teria engordado o dobro se tivesse me alimentado no mesmo ritmo a gestação inteira. Isso pq eu cuidei muuuuito da minha alimentação! Meu marido é testemunha. Mudei vários hábitos, me cuidei de verdade. Não tomei refrigerante, principalmente Coca-Cola. Eu tomava um pouco de Sprite bem gelada nos picos de enjoo e só. De resto era suco e agua, muuuita agua, hábito que eu não tinha antes. Cuidei muito com frituras e gorduras. Inseri muita verdura e salada no dia a dia. Só deslizei um pouco nos doces, mas minha glicose ficou super baixa, e isso não me prejudicou.
Não dá pra julgar sem ter conhecimento de causa. E isso vale para todas as polêmicas que ainda estão por vir.
2-) Parto normal ou cesárea. Esse é meu preferido. Eu super defendo o parto normal. Isso não quer dizer que sou contra a cesárea e saio por aí brigando com todo mundo. Aliás, eu queria muito ter um parto humanizado, em casa, sem intervenções, lindo. Porque eu tenho um lado mais natureba, às vezes. Mas meu lado medrosa não vai me permitir nunca dar a luz longe de um hospital. Eu morro de vontade de ter um parto lindo e sentir tudo. Já desejava isso antes e continuo na esperança. Mas no hospital. Acho lindo e admiro as mulheres que tem parto em casa. Que sorte elas tem de dar tudo certo. Não faz meu tipo. O parto normal sim. Mas aí você pergunta, por que você fez cesárea e tomou anestesia? Primeiro porque não me empoderei desde o começo. Me informei muito, mas acho que não o suficiente. Não conhecia meu corpo, tinha medo do inesperado. Mesmo assim, segui firme. Meu parto foi induzido sim, mas foi uma decisão tomada porque eu já estava de quase 41 semanas, as contrações tinham recém começado e a preocupação com o bebe falou mais alto. A ideia era experimentar sem anestesia. E fui super bem sem ela, aguentando as contrações. Mas o problema era o toque, doía demais, e estava atrapalhando no meu relaxamento e me deixando nervosa, ficava tensa demais. Pedi anestesia com 8cm. Faltava bem pouco. No fim das contas, tive uma cesárea de emergência, pois a bolsa não rompeu sozinha, e quando o médico o fez tinha o famoso mecônio. O bebe foi monitorado e estava entrando em sofrimento. Não tive escolha.
Voltando à polêmica. O parto humanizado é lindo. O parto normal é bom para a mãe e o bebê. Mas tem gente que prefere a cesárea. Tem gente que prefere escolher o dia que o filho vai nascer, marcar data e hora, estar linda e preparada. Eu não quero isso. Acho que as dores que eu senti fizeram parte do processo de me tornar mãe. Acho que o meu filho nasceu no tempo dele, na hora em que ele estava pronto. Mas não julgo, cada uma é cada uma, respeito sua opinião, desde que você respeite a minha.
3-) Leite materno ou leite artificial. Que tal os dois? Como foi o meu caso, por exemplo.
Confesso que esse assunto me magoou por muito tempo. Hoje já sou mais sossegada, e não vejo a hora de ter outro filho para tentar algumas coisas diferentes e ver se tenho mais sucesso nessa tarefa. Eu sempre desejei amamentar. Mas não tive leite suficiente. Tem gente que diz que não existe essa de leite pouco, leite fraco. E até pode ser mesmo. Falhei em alguma coisa. Não sei se foi medo ou o estresse do parto, ou porque não fui bem orientada no hospital, ou foi mesmo a falta de experiência, enfim. Amamentei com muito esforço até os 5 meses. Esforço porque meu filho negava o peito, ele sugava pouco e desistia, foi bem difícil pra mim. Inclusive eu acho que isso reflete na nossa relação mãe-filho até hoje. Eu demorei muito para aceitar que ele chorava de fome e não de qualquer outra coisa. Iniciamos o leite artificial quando ele estava com 25 dias. No entanto, não me sinto menos mãe, menos mulher, nem nada. Quero sim fazer melhor e acertar no próximo filho, mas não tenho garantia nenhuma. Tem mulheres que escolhem desde o principio a não amamentar. Não julgo por não saber o que se passa em cada uma. Só sei que é muito bom amamentar, é um momento único entre mãe e filho, um sentimento que o pai ou qualquer outra pessoa nunca sentirá. Mas, ainda assim tem gente que diz que dá pra se conectar do mesmo jeito dando a mamadeira. Não sei. Eu sou a favor de dar o peito sim. O leite da mãe é completo e essencial para a saúde do bebe. Mesmo mamando bem pouco do meu leite, Will tem uma saúde de ferro, nunca teve febre, só ficou mais doente depois de mais de 1 ano de idade, e ainda assim nada muito grave e complicado.
4-) Alimentação saudável. Mais um tema super polêmico e super da moda, na minha opinião.
Quer saber minha opinião? Sou muito contra a dar alimentos industrializados, cheios de sal e açúcar. Na prática? Meu filho só come bem macarrão e nuggets. Sim, contraditório né? Mas por que? Sou preguiçosa? Um pouquinho, às vezes, posso até ser. Mas é porque cansa tentar, tentar, tentar, tentar, fazer de tudo e seu filho só se alimentar bem de leite.
Quando comecei a dar as papinhas, ele comia muito bem e de tudo. Com o passar do tempo começou a ter suas preferências e a negar algumas frutas e algumas papinhas salgadas com alguns determinados ingredientes. Quando fomos para a transição para os sólidos, a guerra começou. No começo ele até se interessava em experimentar os coloridos e diferentes no prato. Hoje ele arremessa longe! Tem dias que dá vontade de desistir e chorar. Frutas? Praticamente nenhuma, ele faz cara de nojo. As únicas coisas que vão bem é arroz e macarrão. O jeito é intercalar e experimentar inserir uns complementos. Mas haja paciência, porque se esta muito misturado não vai nem arroz nem macarrão. Ultimamente que resolvi testar o nuggets e ele aceitou, já que não vai carne nem frango de jeito nenhum. Às vezes o peixe é bem aceitado e devorado, mas quando começa a repetir muito ele já desiste e começa a arremessar.
Eu sei que muito é culpa minha e da minha alimentação que não é super correta. Volte e meia eu tento mudar alguns hábitos, melhorar algumas coisas e até que vamos bem. Mas é só algo fugir da ordem que voltamos a comer errado. Algumas coisas já cortamos de vez, as frituras por exemplo, não faço aqui em casa de jeito nenhum.
Gente, sabe o que eu faço? Como as coisas na frente dele, frutas, etc. O piazinho nem liga!
Acho que por hoje está bom. Até tem mais coisas polêmicas, mas o post já ficou longo o suficiente.
Queridas amigas leitoras, fiquem a vontade para comentar suas opiniões sobre esses temas polêmicos. Contudo, vamos ter o BOM SENSO e respeito. Cada caso é um caso, cada história é uma história, cada um tem sua opinião do que é certo ou não. Podemos nos expressar livremente, só tenhamos cuidado ao julgar e criticar. Fiquem a vontade para criticar-me, mas apenas a mim que estou dando a liberdade aqui nesse espaço. Não vamos levar para o lado pessoal, nem nada disso!
Obrigada pelas visitas aqui no blog. Escrevo para vocês, para que se sintam entendidas e não as únicas a passar por certas coisas. Espero poder ajudar de alguma forma!
quarta-feira, 6 de agosto de 2014
Aprendendo a Pescar
Enfim, vamos ver o que eu consigo.
Você sabe o que é empoderamento? Você já ouviu falar?
Eu comecei a ouvir essa palavra, que eu nem sabia que existia, quando estava grávida e buscando por condições de ter um parto humanizado. Muitos textos e sites que defendem o parto normal falam sobre o empoderamento da mulher. Na época eu achava que tinha entendido e achava que estava me empoderando. Depois de tudo como aconteceu, o parto, o pós parto, as dúvidas que ficaram, os erros que eu cometi, eu descobri que não tinha me empoderado porcaria nenhuma.
Hoje, já pensando no segundo filho, eu resolvi ir atrás de mais informação já antes de engravidar. E eis que encontrei um grupo no facebook chamado Tentantes Empoderadas. Imediatamente entrei no grupo e fiquei lá bem quietinha só lendo o que as meninas postavam. Foi então que eu comecei a perceber que as moderadoras do grupo pregam o seguinte: aqui não damos o peixe, nós ensinamos a pescar. Ou seja, elas não ficam respondendo as perguntas e dúvidas das participantes toda vez, até pq quase todas tem as mesmas dúvidas, o grupo na verdade é um lugar onde elas tentam juntar o máximo de informações para que cada uma possa conhecer seu corpo, conhecer seu ciclo, aprender a identificar seu período fértil e assim estar melhor preparada para ter seu positivo.
Eu não estou desesperada para engravidar, acho que vai acontecer na hora certa. Mas comecei a ler os arquivos do grupo e me informar e vi quanta coisa eu não sabia. E é coisa básica que acontece no corpo da mulher, coisa que ninguém conta se você não perguntar. E não é só relacionado a engravidar ou evitar gravidez. É muito mais que isso, é saber o que acontece dentro de mim desde os meus 11 anos quando menstruei, pq tenho alterações de humor, pq tenho cólicas, etc. Todo mundo sabe o básico, mas não precisamos ficar no básico, podemos ir além, saber a fundo, buscar respostas. O primeiro texto que elas sugerem para começar é chamado de O Mágico Ciclo Menstrual. Eu adorei, um texto simples que me explicou tudinho. Você sabe o que é um folículo? E folículo dominante? Você sabe o que o hormônio luteinizante? Você sabe o que é fase lútea? Bom, eu sabia de algumas coisas meio por cima, outras eu nunca tinha ouvido falar! Nem os ginecologistas costumam explicar essas coisas, a não ser que você pergunte. Ou ate falam, mas nem prestamos atenção quando ouvimos termos diferentes.
O que eu quero dizer com esse post não é te mostrar que você não sabe nada, que é uma desinformada da vida. Não, não, não! O que eu quero dizer é que muitas vezes a gente se acomoda com o que tem sendo que pode ter muito mais, mais informação, mais conhecimento, mais felicidade, mais satisfação, mais realização, mais orgulho do que se faz e do que se é.
Por exemplo, eu poderia ficar anos tentando engravidar e nunca conseguir, mesmo sendo saudável e não tendo problema nenhum, só pq a informação sobre meu período fértil é muito básica, muito pouco. Claro que pode acontecer rapidinho também. Tem gente que engravida assim que para de tomar a pílula, assim como tem gente que acerta na loteria e fica milionário.
Opa, não estou querendo assustar, que engravidar é difícil. Também não é. Mas a gente pode facilitar a vida, entendeu?
Vou dar outro exemplo. Quando eu era jovem achava que adulto sabia de tudo, eu achava que você virava adulto e automaticamente você passava a saber de tudo. Nós mulheres saberíamos ser esposas, mães, donas de casa, empresárias, bem sucedidas, etc. Ou pelo menos que tivesse um curso, uma apostila, ou alguém aparecia e te dava todas as respostas. Não sei pq eu pensava isso. Mas de repente eu me vejo perto dos 30 e sem saber muita coisa da vida adulta. Pq eu não sei? A resposta é simples: Pq eu não aprendi a pescar antes!! Tcharan!!!
Conceito de empoderamento: conscientização; criação; conquista da condição e capacidade de participar e realizar.
Em outras palavras, quando eu me empodero, eu busco as respostas que eu ainda não sei, eu crio meios de realizar o que eu desejo, eu aprendo, eu fico no comando. E isso serve para TUDO na vida, absolutamente TUDO.
A leitura da semana que eu compartilhei naquela semana, que foi um discurso do Pres. Uchtdorf, tem tudo a ver com isso. Se você não viu, pode conferir aqui.
Naquela semana eu tinha uma atividade da igreja em vista e precisava de uma roupa de pioneira, ou seja, roupa usada lá pelos anos 1830. Pretendo fazer um post falando mais sobre pioneiras, as roupas, o legado, meu nome, etc, por hoje não posso perder o foco. Voltando. Eu tinha um vestido antigo que eu podia fazer alguns ajustes, precisava de um chapéu e um avental. Comprei o tecido e pensei em levar em alguma costureira pra mandar fazer. Foi então que levei um chacoalhão do Sr. L. Ele disse que faz muito tempo que eu queria aprender a costurar e pq eu não aproveitava essa chance para aprender? A principio arrumei várias desculpas, que não tinha tempo, que eu não sabia nem por onde começar, que eu nunca tinha costurado na vida. Mas daí eu li aquele discurso, e senti que devia buscar, aprender e fazer. E como resultado eu consegui, pesquisando na internet, aprendi os meios, fiz em tempo hábil e a atividade foi um sucesso. (Quando eu escrever sobre as pioneiras, eu posto uma foto de como ficou meu traje.)
Enfim, é isso. Acho que consegui passar o que eu queria.
Vamos nos empoderar em todas as coisas que precisamos aprimorar, aprender e encontrar respostas. Com trabalho e dedicação tudo é possível, o céu é o limite.
Provavelmente voltarei a falar sobre isso futuramente.
Obrigada pelo carinho de vocês, pelas mensagens, comentários e e-mails. Ainda não consegui responder, mas prometo que vou! O Despertar de uma Mãe não é nada sem vocês.
quarta-feira, 30 de julho de 2014
Inspiração e Dicas de Blog
Mas antes vou explicar um pouquinho sobre a série.
Até agora não coloquei nenhum link aqui no blog. No entanto, eu acompanho muitos blogs bacanas e vou acrescentar aos poucos uma lista aqui ao lado. Então, sempre antes de acrescentar o link na lista, vou falar um pouco sobre o blog/site, o pq que eu gosto, o que tem de bacana, quem escreve, etc. A intenção a principio não é fazer propaganda somente, até pq acompanho blogs que eu nem conheço quem escreve, mas sim compartilhar coisas bacanas e que podem ser úteis. Só vou tentar ficar dentro de assuntos que tem a ver com O Despertar de Uma Mãe. No começo pode ser que seja bem frequente pq já tenho uma boa lista.
Quem tiver alguma dica, pode me enviar no email (ellennelliec@gmail.com). Acompanharei por um tempo, e dai posto a dica aqui.
Bom, vamos lá.
O blog da Stephanie é esse aqui.
Ela já esta bem famosa, para saber mais sobre a história dela é só acompanhar seu blog, ou pesquisar no google. Tem inclusive vídeos e tal.
Eu já tinha entrado no blog dela há alguns anos atrás e foi por acaso pq vi alguém comentando sobre a história dela em algum blog. Eu achei interessante, mas não levei muito adiante a curiosidade. Mais ou menos um ano atrás cai de novo no blog dela, soube q ela é da Igreja e resolvi pesquisar mais sobre sua história e descobri que ela até escreveu um livro. Mergulhei de cabeça e viciei. Já li o blog dela inteirinho, a história é linda. Até ganhei o livro (em inglês) no Natal.
A Stephanie e sua história me ajudou muito a despertar. Despertar pra vida, despertar como pessoa, como esposa e principalmente como mãe. De toda a história do acidente, de tudo que ela passou e superou tem muitas coisas que me marcaram muito, inclusive o lado espiritual que me toca bastante lendo o livro. Mas o que mais me "chacoalhou" é quando ela diz no livro (e acho que num vídeo ela tbm fala) que quando ela estava no hospital ela se preocupava muito com os filhos, ela tinha que melhorar logo, voltar pra eles pq só ela como mãe conhecia eles de verdade, as coisas que eles gostavam, o jeitinho de cada um. Então, fica aí a dica do blog dela.
Meu sonho? Um dia encontra-la, poder dar um abraço e dizer "Thank you soooo much!"
sábado, 26 de julho de 2014
Leitura da Semana
Queridas irmãs, sou grato por esta primeira oportunidade de falar às mulheres da Igreja congregadas em todas as partes do mundo. Temos a grande honra de contar hoje com a presença do Presidente Monson e do Presidente Eyring. O coro nos emocionou com sua música e ouvimos as mensagens inspiradoras da irmã Thompson, da irmã Allred e da irmã Beck.
Ao saber que lhes falaria hoje, fiquei pensando nas muitas mulheres que moldaram a minha vida: minha maravilhosa esposa Harriet, minha mãe, minha sogra, minha irmã, minha filha, minha nora e muitas amigas. Em toda minha vida, tive a meu lado mulheres que me inspiraram, ensinaram e motivaram. Sou o que sou hoje, em grande parte, devido a essas mulheres inigualáveis. Sempre que me reúno com as irmãs da Igreja, sinto que estou rodeado de almas igualmente notáveis. Sou grato por estar aqui, grato por seus talentos, sua compaixão e seu serviço. Acima de tudo, sou grato por quem vocês são: preciosas filhas de nosso Pai Celestial, e de valor infinito.
Com certeza não estou dizendo algo novo, mas as diferenças entre homens e mulheres podem ser em geral muito marcantes — física, mental e também emocionalmente. Uma das melhores ilustrações disso está na maneira como eu e minha mulher preparamos uma refeição.
Quando Harriet prepara um prato, é uma obra-prima. Sua culinária é vasta como o mundo, e, muitas vezes, ela prepara pratos típicos de países que já visitamos. A aparência dos seus pratos é inspiradora. De fato, são tão bonitos, que parece um crime comê-los. Eles são um banquete, tanto para os olhos como para o paladar.
Porém, por mais perfeito que tudo esteja, na aparência e no sabor, Harriet sempre vai pedir desculpas por algo que acha estar imperfeito. “Acho que coloquei gengibre demais”, ela vai dizer, ou “da próxima vez, acho que seria melhor colocar mais curry e mais uma folha de louro”.
Agora vou comparar com minha técnica na cozinha. Quando preparei este discurso, perguntei à Harriet que prato eu faço melhor.
Ela respondeu: ovos fritos.
Com gemas inteiras.
Mas isso não é tudo. Preparo um prato especial chamadoKnusperchen. O nome até parece com algum prato sofisticado de um restaurante fino. Vou contar-lhes como prepará-lo. Corta-se o pão francês em fatias finas que depois são torradas duas vezes.
Essa é a receita!
Portanto, entre ovos fritos — mesmo encharcados — e Knusperchen— mesmo queimado — quando cozinho, sinto-me um verdadeiro herói.
Todo esse contraste entre minha esposa e eu talvez seja um pouco exagerado, mas ilustra algo que pode ir muito além da culinária.
Parece-me que nossas notáveis irmãs às vezes subestimam seus talentos — concentram-se no que lhes falta ou é imperfeito, em vez de pensarem naquilo que realizaram e em quem são.
Talvez vocês reconheçam essa característica em alguém que conheçam muito bem.
O aspecto positivo é que ela também é sinal de uma qualidade admirável: o desejo nato de agradar ao Senhor da melhor forma possível. Infelizmente, ela também pode conduzir à frustração, ao cansaço e à infelicidade.
A Todas que Estão Cansadas
Hoje, gostaria de falar àquelas que já se sentiram inadequadas, desanimadas ou cansadas — em resumo, quero falar a todos nós.
Rogo também ao Espírito Santo que amplie minhas palavras e confira-lhes mais significado, profundidade e inspiração.
Sei que às vezes é difícil manter a cabeça fora d’água. De fato, neste mundo de mudanças, desafios e tarefas, às vezes pode parecer quase impossível evitar sentir-nos assoberbados pelas emoções trazidas pelo sofrimento e pela tristeza.
Não quero dizer que bloquear os sentimentos negativos seja simples como desligar um interruptor. Não estamos em um show de auto-ajuda para levar os que afundam na areia movediça a pensar que estão descansando em uma praia. Sem dúvida, em nossa vida sempre há preocupações justas. Sei que há corações aqui, hoje, que abrigam dores profundas. Outros lutam contra temores que perturbam a alma. Para algumas, a solidão é sua provação secreta.
Tais coisas não são insignificantes.
Entretanto, gostaria de falar-lhes sobre dois princípios que podem ajudá-las a encontrar o caminho da paz, esperança e alegria — mesmo nos momentos de provação e sofrimento. Quero falar sobre a felicidade de Deus e sobre como cada um de nós pode experimentá-la, apesar das dificuldades que nos cercam.
A Felicidade de Deus
Primeiramente, quero fazer-lhes uma pergunta: “Qual é, em sua opinião, a maior felicidade possível?” Para mim, a resposta é “A felicidade de Deus”.
Isso nos leva a outra pergunta: “E qual é a felicidade do nosso Pai Celestial?”
Talvez seja impossível responder, porque os Seus caminhos não são os nossos caminhos. Porque assim como os céus são mais altos do que a terra, assim são os caminhos de Deus mais altos e os pensamentos Dele mais altos do que os nossos.1
Embora não conheçamos “o significado de todas as coisas”, sabemos que Deus “ama seus filhos”2, porque disse: “Pois eis que esta é minha obra e minha glória: Levar a efeito a imortalidade e vida eterna do homem”.3
O Pai Celestial é capaz de realizar essas duas grandes obras: a imortalidade e a vida eterna do homem, porque Ele é um Deus criador e compassivo. Criar e ser compassivo são dois objetivos que contribuem para a felicidade perfeita do Pai Celestial. Criar e ser compassivo são duas atividades que nós, como Seus filhos espirituais, podemos e devemos imitar.
A Obra da Criação
O desejo de criar é um dos mais profundos anseios da alma humana. Sejam quais forem nossos talentos, estudos ou nossas habilidades, cada um de nós tem um desejo inato de criar algo.
Todo mundo é capaz de criar. Não é necessário ter dinheiro, destaque ou influência para criar algo que tenha conteúdo e beleza.
O ato de criar proporciona profunda satisfação e realização. Desenvolvemos a nós e a outros quando tomamos nas mãos “matéria inorganizada” e fazemos dela algo belo — e não estou falando do processo de limpeza do quarto de seus filhos adolescentes.
Talvez alguém diga: “Não sou do tipo criativo. Quando canto, sempre estou meio-tom acima ou abaixo da nota. Não consigo traçar uma reta sem uma régua. E a única utilidade prática para o pão que faço em casa é servir de peso de papel ou segurar a porta”.
Se for assim que você se sente, reconsidere, e lembre-se de que você é uma filha espiritual do Ser mais criativo do universo. Não é admirável a idéia de que nosso próprio espírito foi moldado por um Deus infinitamente criativo e eternamente compassivo? Pensem nisto: seu corpo espiritual é uma obra-prima, criada com beleza, funções e capacidades muito além do que podemos imaginar.
Mas com que finalidade fomos criados? Fomos criados com o propósito e com o potencial expresso de experimentarmos a plenitude da alegria.4 Nosso direito nato — e o propósito de nossa grande jornada nesta Terra — é buscar e vivenciar a felicidade eterna. Uma das maneiras de encontrá-la é por meio da criação.
Se você é mãe, você participa da obra de criação com Deus — não só por proporcionar um corpo físico a seus filhos, mas também por ensiná-los e criá-los. Se você ainda não é mãe, os talentos criativos que desenvolver a prepararão para quando esse dia chegar, seja nesta vida ou na eternidade.
Talvez você pense que não tem talento, mas essa é uma conclusão falsa, pois todos temos talentos e dons, cada um de nós.5 A criatividade não tem limites e extrapola as bordas de uma tela ou uma folha de papel, e não requer pincéis, caneta e nem mesmo as teclas de um piano. Criatividade significa tornar existente algo que não existia antes: jardins floridos, lares harmoniosos, lembranças familiares, riso prazeroso.
Aquilo que você cria não tem de ser perfeito. Então, que importa se os ovos estão encharcados ou as torradas queimadas? Não deixe o medo do fracasso desanimá-la. Não deixe que as vozes dos críticos a paralise — sejam vozes de fora ou de dentro de você mesma.
Se ainda assim se sente incapaz de criar, comece aos poucos. Veja quantos sorrisos você pode causar, escreva uma carta de agradecimento, aprenda algo novo, identifique um espaço e o embeleze.
Há cerca de 150 anos, o Presidente Brigham Young falou aos santos daquela época: “Há uma grande obra para os santos realizarem”, disse ele. “Desenvolvam e aperfeiçoem, tornem belo tudo ao seu redor. Cultivem a terra e cultivem sua mente. Ergam cidades, adornem seus lares, plantem jardins, pomares, vinhas e tornem a terra tão agradável que, quando contemplarem seus labores, façam isso com satisfação, e que os anjos possam ter prazer em vir a seus belos recantos e visitá-los. Ao mesmo tempo, procurem sempre adornar sua mente com todas as graças do Espírito de Cristo.”6
Quanto mais confiamos no Espírito e Dele dependemos, maior é a nossa capacidade de criar. Esta é nossa oportunidade nesta vida e nosso destino na vida futura. Irmãs, confiem no Espírito e tenham fé Nele. Quando aproveitamos as oportunidades comuns da vida diária e criamos algo de belo e útil, aprimoramos não só o mundo ao nosso redor, mas também o nosso mundo interior.
Ser Compassivo
Ser compassivo é outra grande realização de nosso Pai Celestial e é uma característica fundamental do povo que somos. Foi-nos ordenado que “[socorrêssemos] os fracos, [erguêssemos] as mãos que pendem e [fortalecêssemos] os joelhos enfraquecidos”.7 Os discípulos de Cristo, em todas as épocas, distinguiram-se pela compaixão. Os que seguem o Salvador “[choram] com os que choram (…) e [consolam] os que necessitam de consolo”.8
Quando agimos para abençoar a vida dos outros, nossa própria vida é abençoada. O serviço e o sacrifício abrem as portas do céu, fazendo fluir sobre nós as mais ricas bênçãos. Seguramente, nosso amado Pai Celestial sorri para aqueles que cuidam do menor de Seus filhos.
Ao edificarmos os outros, nós próprios também somos edificados. O Presidente Spencer W. Kimball ensinou: “Quanto mais servimos ao nosso próximo da maneira adequada, mais substância se agrega a nossa alma”.9
O Presidente Gordon B. Hinckley acreditava no poder restaurador do serviço. Após a morte da esposa, ele deu à Igreja um grande exemplo, mergulhando no trabalho e servindo aos outros. Conta-se que o Presidente Hinckley disse a uma irmã que tinha acabado de perder o marido: “O trabalho vai curar sua tristeza. Sirva ao próximo”.
Tais palavras são profundas. Ao nos perdermos no serviço ao próximo, descobrimos nossa própria vida e felicidade.
O Presidente Lorenzo Snow expressou idéia semelhante: “Quando se sentir triste, olhe ao redor e encontre alguém que tenha uma dificuldade maior que a sua, vá até essa pessoa, descubra o que a aflige e depois procure remover o incômodo com a sabedoria que Deus lhe concedeu; logo você perceberá que sua tristeza terá desaparecido, você se sentirá leve, o Espírito do Senhor estará sobre você, e tudo parecerá luminoso”.10
No mundo atual da psicologia pop, da TV sensacionalista e dos manuais prescritivos de auto-ajuda, esse conselho pode parecer irracional. Dizem-nos às vezes que a resposta para nossos males está em olhar para o próprio umbigo, fazer o que dá prazer, gastar agora para pagar depois e satisfazer os desejos, mesmo à custa dos que nos rodeiam. Embora haja momentos em que seja prudente cuidar primeiro das nossas próprias necessidades, a longo prazo, isso não leva à felicidade duradoura.
Instrumento nas Mãos do Senhor
Creio que as mulheres da Igreja, seja qual for sua idade, estado civil ou papel na família, compreendem e aplicam perfeitamente as palavras de James Barrie, autor de Peter Pan: “Os que trazem o sol à vida dos outros não conseguem deixar de desfrutá-lo também”.11Diversas vezes, testemunhei muitos atos silenciosos de bondade e compaixão de nobres mulheres que foram além da caridade altruísta. Meu coração se regozija ao ouvir relatos sobre irmãs da Igreja e de como elas se apressam em ajudar os necessitados.
Há pessoas na Igreja — homens e mulheres — que não sabem como contribuir para o reino. Às vezes, as solteiras, divorciadas ou viúvas se perguntam se há lugar para elas. Toda irmã na Igreja é muito importante — não apenas para o Pai Celestial, mas para a edificação do Reino de Deus também. Há uma grande obra a realizar.
Há um ano, nesta reunião, o Presidente Monson ensinou que “vocês estão naturalmente rodeadas de oportunidades de serviço. (…) Com freqüência, pequenos atos de serviço são tudo o que é preciso para erguer e abençoar outra pessoa”.12 Olhem ao redor. Ali, na reunião sacramental, existe uma jovem mãe com vários filhos — sente-se ao lado dela e ofereça ajuda. Na sua vizinhança há um jovem que está desanimado — diga-lhe que gosta de sua presença, que sente a bondade dele. Palavras de verdadeiro estímulo requerem apenas um coração amoroso e atencioso, mas podem exercer uma influência eterna na vida dos que a rodeiam.
Vocês, magníficas irmãs, servem ao próximo com compaixão por razões muito superiores ao desejo de obter benefício próprio. Ao fazê-lo, estão imitando o Salvador que, embora sendo Rei, não procurou destaque, nem Se preocupou se era notado ou não. Não Se preocupava em competir com os outros. Seu pensamento estava sempre focado em ajudar os outros. Ele ensinava, curava, conversava com os outros e ouvia-os. Ele sabia que a grandeza nada tinha a ver com sinais externos de prosperidade ou destaque. Ele ensinou e viveu a própria doutrina: “O maior dentre vós será vosso servo”.13
No final, o número de orações que proferirmos pode contribuir para nossa felicidade, mas o número de orações respondidas por nosso intermédio pode ter importância ainda maior. Que nossos olhos se abram para os corações pesarosos, percebam a solidão e o desespero; que sejamos a resposta às orações silenciosas dos que nos cercam, que sejamos instrumentos nas mãos do Senhor para atender a essas orações.
Conclusão
Queridas irmãs, tenho uma fé simples. Creio que, se forem fiéis e diligentes em guardar os mandamentos de Deus, aproximando-se Dele com fé, esperança e caridade, tudo se reverterá para o seu próprio bem.14 Creio que, à medida que vocês se perderem na obra do Pai — ao criar beleza e ter compaixão para com os outros — Deus as envolverá nos braços de Seu amor,15 e o desânimo, o cansaço ou os sentimentos de inadequação darão lugar a uma vida cheia de significado, graça e realização.
Vocês são filhas espirituais do Pai Celestial, e a felicidade é sua herança.
Vocês são filhas especiais do Pai Celestial e, por meio das coisas que criam e pelo serviço compassivo que prestam, são uma grande força para o bem. Vocês farão do mundo um lugar melhor. Ergam a cabeça; caminhem com confiança. Deus ama vocês. Nós amamos vocês e as admiramos.
Disso testifico, e deixo com vocês minha bênção como Apóstolo do Senhor, no nome de Jesus Cristo. Amém."
Para conferir as referencias, segue o link: https://www.lds.org/liahona/2008/11/39?lang=por
sexta-feira, 18 de julho de 2014
De ultima hora
quarta-feira, 16 de julho de 2014
"O que te define?"
Tenho pensado muito sobre quem somos, sobre nossa definição, sobre nosso papel no mundo, sobre nossos atos, sobre ser mulher e que tipo de mulher.
Antes que alguém venha cheia de pedras nas mãos para me atacar, já digo que não estou querendo dizer que não podemos ser frágeis, ter nossos dias de cansaço, desânimo, vontade de desistir, vontade de chorar, vontade de ficar no quarto escuro e dormir o dia todo, vontade de surtar. Podemos e precisamos, às vezes. O que eu estou dizendo é que precisamos ser fortes e saber a hora que chega de nhem nhem, levantar a cabeça e seguir a luta.
Percebi, então, que o jeito era aprender sozinha, enfrentar sozinha, lutar sozinha, vencer sozinha. Não reclamo pois acho que aprendi mais rápido. Talvez se tivesse recebido ajuda demoraria mais a aprender e quando ficasse sozinha de verdade não estaria pronta para mostrar minha força. Todas nós mulheres temos uma força dentro de nós que precisamos encontrar. E depois que encontramos é como os músculos que precisam ser exercitados para ficarem tonificados e fortes.
Não sou ainda a mulher mais forte e guerreira, mas a cada dia vejo grandes progressos, mesmo nas pequenas decisões do dia a dia percebo o quanto já mudei, o quanto melhorei, o quanto me fortaleci, o quanto venci. Cada vitória é uma delícia!
Isso não quer dizer que virei uma fortaleza indestrutível, com um coração de ferro e sem sentimentos. De jeito nenhum. Para algumas coisas até fiquei mais mole.
Mas o que é uma mulher guerreira? Qual o verdadeiro conceito? Quais suas principais características? Ao meu ver, é a mulher que basicamente não reclama. Ok. Você pode rir, porque reclamar é totalmente natural da mulher, mas o que eu quero dizer é que há jeitos e jeitos de reclamar, e é possível diminuir pelo menos a maneira de reclamar. Vamos ao que eu aprendi.
Prezadas mulheres poderosas, parem de reclamar de sua vida nas redes sociais, parem de reclamar do seu dia para seus maridos, namorados, companheiros, familiares que também tiveram um dia cheio e cansativo, parem de reclamar das tarefas domésticas, parem de reclamar dos filhos, da falta de dinheiro, das contas para pagar, das cólicas, dos quilos a mais (ou a menos), da falta de roupa e sapatos no armário, do marido (seja lá qual forem os defeitos dele), parem de reclamar da vida. Encontrem uma solução para cada coisa antes de reclamar. Isso é ser uma mulher forte, uma mulher guerreira.
Eu também não consegui essa proeza ainda. Às vezes escapa uma reclamação aqui e ali. Mas estou tentando evitar, e já vejo as vantagens e benefícios. Sim, pois quando reclamamos menos, e tentamos ver o lado bom e positivo das coisas nos sentimos muito bem. E por que não fortes e guerreiras? E vou te contar um segredo: a melhor sensação do mundo é poder dizer para si mesma “eu venci”.
Se não há uma solução para todos os problemas, há para a maioria. Se a solução depende de outra pessoa, faça o que for possível e aceite que ninguém muda ninguém. A vida tá difícil? Por que? Aposto que você mesma está dificultando ou fez algo ou uma escolha para torna-la assim. Pense um pouquinho, repense, volte no tempo. Você não está onde e como gostaria? Por que? Mude! Faça algo por você! Busque uma solução! Não entre em conflito, nem com você nem com ninguém, apenas busque uma saída e nada de reclamar! Economize, não gaste desnecessariamente. Tem cólicas todo mês? Previna-se com remédios e tome-os no horário certo. Seu(s) filho(s) não te obedece(m), ou qualquer coisa relacionada a ele(s), busque ajuda, leia, converse com outras mães. Seu relacionamento vai mal? Converse, resolva, não reclame, mude. Não tem roupa? Antes de sair comprando mais, faça uma limpa no armário e doe tudo que não usou no último ano, doe para quem realmente não tem. Está acima do peso? Feche a boca, mude seus hábitos, busque ser mais saudável. E por aí vai. Só não vale reclamar!
Tente pelo menos, faça um teste. Se não for bom, e eu duvido que não seja, você decide se quer continuar reclamando ou mudar, ser uma mulher forte, guerreira e mais feliz (tem muitos outros benefícios, mas cabe a cada uma descobrir os seus)!!!
Leitura da Semana
Eu tenho já alguns livros lidos ou com leitura em andamento e vou compartilhar alguns pedacinhos que eu achar interessante.
Lembrando apenas que o que vou postar aqui não significa que eu seja completamente a favor do autor e siga a risca suas orientações, ideias e filosofia. São apenas coisas que considero interessantes e que desejo compartilhar com minhas amigas.
Caso desejem sugerir alguma leitura, fiquem à vontade. Caso queiram compartilhar algum trecho que vocês gostam muito e acham que pode ser útil para outras mamães, podem me enviar no e-mail (ellennelliec@gmail.com) e postarei aqui, colocando os devidos créditos.
Para começar, tinha que ser um trecho do livro A Maternidade e o encontro com a própria sombra, da Laura Gutman:
"Muitos aspectos ocultos de nossa psique feminina são desvelados e ativados com a chegada dos filhos. Estes momentos são, habitualmente, de revelação e de experiências místicas se estivermos dispostas a vive-los nesse sentido e se encontrarmos ajuda e apoio para enfrenta-los."
"Cada bebê é uma oportunidade para sua mãe ou figura materna retificar o caminho do conhecimento pessoal. Muitas mulheres iniciam, com a experiência da maternidade, um caminho de superação, apoiadas por perguntas fundamentais. E muitas outras desperdiçam sem cessar os espelhos multicoloridos que aparecem diante delas neste período, ignorando sua intuição e achando que ficaram loucas, que não podem nem devem sentir este emaranhado de sensações disparatadas.
O bebê consegue manifestar todas as nossas emoções, sobretudo as que ocultamos de nós mesmas. Aquelas que não são apresentáveis socialmente. As que desejaríamos esquecer. As que pertencem ao passado."
"O bebê manifesta a sombra, aquilo que não é reconhecido conscientemente pela mãe."
"Roberto Bly dizia que passamos os primeiros vinte anos de nossa vida enchendo uma mochila com todo tipo de vivências e experiências... E depois passamos o resto do tempo tentando esvazia-la. Esse é um trabalho de reconhecimento da própria sombra. Se nos recusarmos a esvaziar a mochila, ela se tornará cada vez mais pesada, e cada tentativa de abri-la será mais perigosa. Ou questionaremos com sinceridade nossos aspectos mais ocultos, sofridos ou doloridos, ou então esses aspectos procurarão se infiltrar nos momentos menos oportunos de nossa existência."
Quando eu trouxer outro trecho desse livro falo mais sobre a Laura Gutman e sobre porque gosto dessa leitura. Até o próximo post!
quinta-feira, 10 de julho de 2014
Leitura da Semana
"Precisam ser paciente nesta fase tão especial e não exigir de si um rendimento igual ao habitual. Abrir-se à sensibilidade que é aguçada e à percepção das sensações que são vividas com um coração imenso e um corpo que elas, mães sentem pequeno porque são, ao mesmo tempo, bebê e pessoa adulta." (sobre quando chega um bebê)
"O bebê sente como se fossem seus todos os sentimentos da mãe, sobretudo aqueles dos quais ela não tem consciência. A maioria das mulheres não aproveita esta vantagem de ter a alma exposta; é arriscado encarar a própria verdade. No entanto, este é um caminho que inevitavelmente elas percorrerão, embora seja pessoal a decisão de fazê-lo com maior ou menor consciência."
"Criar bebês é muito árduo porque, assim como a criança, para ser, entra em fusão emocional com a mãe, esta, por sua vez, entra em fusão emocional com o filho para ser. A mãe passa por um processo análogo de união emocional. Ou seja, durante os dois primeiros anos, é fundamentalmente uma 'mãe-bebê'. As mulheres puérperas têm a sensação de enlouquecer, de perder todos os espaços de identificação ou de referência conhecidos; os ruídos são imensos, a vontade de chorar é constante, tudo é incômodo, acreditam ter perdido a capacidade intelectual, racional. Não estão em condições de tomar decisões a respeito da vida doméstica. Vivem como se estivessem fora do mundo; vivem, exatamente, dentro do 'mundo-bebê'.
E é indispensável que seja assim. A fusão emocional da mãe com o filho é o que garante que a mulher estará em condições emocionais de se desdobrar para que a cria sobreviva.
O desdobramento da alma feminina ou sua fusão emocional com a alma do bebê é indefectível, mesmo que este processo seja inconsciente. A decisão de trazê-lo à consciência é pessoal. Vale a pena esclarecer que este processo nos surpreende porque não o esperávamos, e em geral costumamos rotular de mil maneiras as sensações incongruentes das mães e as queixas indecifráveis dos bebês. Em muitos casos, são diagnosticadas 'depressões pós-parto', quando a única coisa que acontece é um brutal encontro da mãe com a própria sombra."
"À medida que uma mulher vai assumindo a própria sombra, observa-a, indaga, investiga, questiona a si mesma, libera o filho da manifestação dessa sombra."
"É preciso que as mães enlouqueçam um pouco, e para isso elas precisam do apoio daqueles que as amam, que lhes permitam abandonar sem risco o mundo racional, as decisões lógicas, o intelecto, as ideias, a atividade, os horários, as obrigações. É indispensável submergir nas águas do oceano do recém-nascido, aceitar as sensações oníricas e abandonar o mundo material."
"As mulheres puérperas têm a capacidade de sintonizar a mesma frequência do bebê, o que lhes facilita cria-los, interpretar suas necessidades mais sutis e se adaptar à nova vida. Por isso é frequente a sensação de estar flutuando em outro mundo, sensíveis e emotivas, com as percepções distorcidas e os sentimentos confusos."
"A única pessoa que sabe - sem saber que sabe - é a mãe. Por isso, a principal contribuição que podemos lhe dar consiste em ajuda-la a avaliar suas necessidades e sua intuição, para tomar decisões com respeito à criação de seu bebê."
"Nossa sociedade tem pressa em voltar à normalidade. Todos querem que a mãe volte a ser a mesma que antes, que emagreça depressa, que interrompa a lactação, que volte ao trabalho, que se mostre esplêndida... Enfim, que esteja afinada com os tempos que vivemos. É a era da internet, do e-mail, da telefonia celular, da televisão via satélite, dos aviões e das estradas de alta velocidade. O mundo anda na velocidade da luz enquanto as mãe submergem nas trevas do recolhimento, conservando suas novas formas e pedindo silêncio."
"O mundo poderá se transformar. Chegaremos a Marte, Júpiter ou Netuno, mas necessitaremos sempre de nove longos meses para gerar nossos filhos, de outros nove meses para que comecem a se deslocar com autonomia e de longuíssimos anos para que sejam capazes de enfrentar o mundo sem a ajuda dos pais."
Trecho do livro A Maternidade e o encontro com a própria sombra, de Laura Gutman.
domingo, 6 de julho de 2014
Eu sou Mórmon
Nunca fui muito de falar para as pessoas sobre a Igreja. Nunca escondi, mas também devo ter deixado passar algumas oportunidades missionárias. Muito disso é porque eu não gosto de discutir opinião e sempre tive medo de ser questionada, não saber responder e perder a razão, perder a força para dizer com firmeza de que as coisas que sigo e acredito são verdadeiras.
Frequento a Igreja desde que nasci, cresci nesse meio, nunca tive questionamentos ou dúvidas. Para mim tudo sempre foi simples. É o correto, é o que eu quero para a minha vida.
Às vezes, falhamos em algumas coisas, não damos o exemplo correto, damos margem para que as outras pessoas nos critiquem ou achem que não somos membros assim tão fiéis. No entanto, ninguém é perfeito, cometemos erros sim, e todos temos a chance de nos arrependermos e de fazermos diferente. Alguns erros a gente supera rápido, depois de um tempo já nem lembramos mais, outros são mais difíceis de esquecer, e outros ainda é mais difícil deixar de fazer. Mas é exatamente para isso que temos a igreja, as reuniões e atividades, nossas designações, nossos chamados, nossos deveres, para que possamos nos aperfeiçoar, aprender e mudar para melhor. É um esforço contínuo, diário. Todos os dias preciso lembrar de fazer coisas que me deixem conectadas ao Espírito, que me aproximem de meu Salvador, que me lembrem do propósito dessa vida. E como é difícil, pois a vida é tão corrida, o tempo é tão curto, há sempre tantas coisas para fazer. Mas eu sei, por mim mesma, que quando paro uns minutinhos para orar, para ler as escrituras ou fazer qualquer coisa relacionada, isso é para o meu bem, e realmente faz toda a diferença no meu dia. E quando essas coisas são constantes em nossa vida e se tornam hábitos, acontece algo especial, somos mudados, nossos olhos e nossa mente se abrem, passamos a entender melhor certas coisas, porque acontecem, porque tudo é como é. O processo é demorado, não acontece de um dia para o outro, leva uma vida toda, exige constância e persistência. Não é algo que dá pra fazer algumas vezes e é o bastante, não, precisa ser contínuo durante toda a vida. O trabalho não acaba, sempre tem mais alguma coisa que podemos aprender.
Temos um livro de escrituras, semelhante à Bíblia, chamado O Livro de Mórmon, que contém registros de um povo que foi trazido às Américas pelo Senhor em, mais ou menos, 600 a.C. Este livro contém muitos ensinamentos para nossos dias e por isso somos incentivados a lê-lo todos os dias e por toda a vida. Eu não sei exatamente quantas vezes já li ele inteiro, mas sempre aprendo alguma coisa nova e sempre encontro algo para aplicar em minha própria vida.
Esse evangelho contém os verdadeiros ensinamentos de Jesus Cristo, a fonte da felicidade, os meios para termos a vida eterna junto de nossa família.
Eu sei que quando faço as coisas certas, quando estou em sintonia com o Espírito Santo, Ele é meu companheiro constante, me inspira, me protege, me guia. Não consigo imaginar onde eu estaria hoje se eu não tivesse a Igreja, se não soubesse dessas coisas. O evangelho me transforma, me faz acreditar no que vem pela frente de forma positiva, me dá esperança, me trás felicidade no dia a dia.
Sempre tenho coisas que preciso melhorar, que preciso me esforçar mais para cumprir. O importante é não desistir nunca, é confiar, é ter fé, é colocar as mãos à obra, é se dedicar.
Sou mórmon e sou feliz por ser membro de A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias!!
quinta-feira, 26 de junho de 2014
Quero mais dias assim
Foto: Saly Baer |
Hey, você aí! Não desanima não! Se hoje você esta no meio de uma batalha e esta achando que as forças estão acabando, que não tem mais jeito, não se entregue, é a vida te mostrando que você ainda precisa ficar mais forte, a vida esta te dando uma forcinha, encare de cabeça erguida. Esta difícil? Vem comigo, eu te ajudo. Você sabia que eu conheço alguém que já passou por isso? É sim, por isso e muito mais. Esse alguém sentiu as minhas dores, as suas dores, as dores do mundo todo, e Ele não desistiu. Ele fez isso para nos mostrar que é possível. Dói, mas é possível. Ele não desistiu, mesmo podendo largar tudo e sair ileso. Mas o objetivo maior Dele era nos ajudar, nos ensinar, o que precisamos é apenas aceitar e usar em nosso benefício. Sabia que você pode conversar com Ele? Pode sim, em qualquer momento, em qualquer lugar. Basta fechar os olhos e em sua mente Ele vai te ouvir e vai te dar as respostas que você precisa para seguir em frente, mais forte, mais confiante.
Amigas mamães, mulheres, guerreiras e poderosas, não estamos sozinhas nunca!
sexta-feira, 20 de junho de 2014
Faxina
Alguns anos depois, um pouco de maturidade e o amor encontrado, voltei a lembrar do livro, de seus ensinamentos e de como tudo faz sentido na minha vida. Só que de um jeito diferente. Vou explicar.
Apesar de ter lido o livro e entendido o objetivo, eu não consegui entender como aplica-lo na minha vida. Eu não achava que tinha tanta sujeira assim. E realmente não precisei fazer faxina nenhuma para encontrar o amor da minha existência. Existência porque uma vida é muito pouco para nós dois e estamos ligados para a eternidade, mas isso é assunto para outro dia. Eu conheci o Sr. L. e nunca tive dúvidas, foi tudo muito intenso e em 5 meses de namoro nos casamos e comecei minha tão sonhada carreira de esposa e dona de casa. Juntei toda a tralha de anos que eu tinha no meu quarto de solteira e amontoei num quarto na minha nova casa. E lá ficou, por quatro anos, no quarto que veio a ser chamado de quarto da bagunça, e nem preciso explicar por que.
Eu adoro aquela música que diz assim: “Eu hoje joguei tanta coisa fora, eu vi o meu passado passar por mim. Cartas e fotografias, gente que foi embora. E a casa fica bem melhor assim.” E a vida fica bem melhor assim.
O quarto da bagunça ainda tem esse nome porque nos acostumamos assim. Quando tivermos o segundo filho lá será o quarto do Will.