Porque toda mãe, acima de tudo, é mulher, tem sentimentos, medos, angústias, paixões, sonhos, frustrações, metas, desejos, vontades e precisa pensar e cuidar de si mesma um pouquinho.

terça-feira, 26 de agosto de 2014

Polêmicas e Bom Senso

Senta que lá vem post longo.
Confesso que estava morrendo de vontade de escrever esse post para falar sobre assuntos polêmicos. Vocês vão concordar comigo que a maternidade é rodeada de assuntos polêmicos. Começa lá trás, antes mesmo de engravidar já tem um monte de gente dando palpite, com opiniões diferentes sobre tudo! Eu costumo apenas me divertir com essas polêmicas, pois não gosto de bater boca. Tenho minha opinião, e hoje vocês vão saber qual é, mas não fico postando no face, comentando quem fala e tal. Primeiro que não sei argumentar, eu preciso pensar, pensar, pensar (igual o Pooh). Segundo que discutir não leva a nada, não muda o que o outro pensa e dificilmente a gente se permite mudar o que pensa também, mesmo que o outro esteja certo. Não costuma ser assim?
Bom, eu não vou citar TODAS as polêmicas da maternidade porque isso levaria uma vida inteira. Vou citar algumas, as que tem a ver comigo, minhas ideias. Se precisar faço outro post depois continuando.
Fiquem a vontade para comentar e compartilhar, so nao vale brigar!

Vamos lá??? Vou tentar seguir uma ordem.

1-) Quantos kgs engorda-se na gravidez. Minha opinião? É lindo ver uma grávida em forma, que só aumentou a barriga. Chega a dar inveja, certo? E a grávida redondinha, bochechudinha, que não consegue andar, sentar, levantar? Todos olham horrorizados. Mas gente, temos que levar muito em consideração o histórico da mãe, a situação dela, o emocional e tudo mais antes de julgar. Ansiedade não escolhe onde vai se instalar. Tudo bem, concordo que tem mulher relaxada mesmo, que come por dois de propósito, mas nem todo caso é assim.
Agora vou falar por mim, como foi minha experiência. Eu enjoei por quase 6 meses. Já engravidei acima do peso, e no começo perdi 5 kg. Sofri muito e hoje sou grata por ter tido tanto enjoo. Engordei 15 kg no total, os 5 que eu recuperei, mais 10. Detalhe que os 10 foram adquiridos em praticamente 4 meses. Se não fossem os enjoos, provavelmente eu teria engordado o dobro se tivesse me alimentado no mesmo ritmo a gestação inteira. Isso pq eu cuidei muuuuito da minha alimentação! Meu marido é testemunha. Mudei vários hábitos, me cuidei de verdade. Não tomei refrigerante, principalmente Coca-Cola. Eu tomava um pouco de Sprite bem gelada nos picos de enjoo e só. De resto era suco e agua, muuuita agua, hábito que eu não tinha antes. Cuidei muito com frituras e gorduras. Inseri muita verdura e salada no dia a dia. Só deslizei um pouco nos doces, mas minha glicose ficou super baixa, e isso não me prejudicou.
Não dá pra julgar sem ter conhecimento de causa. E isso vale para todas as polêmicas que ainda estão por vir.

2-) Parto normal ou cesárea. Esse é meu preferido. Eu super defendo o parto normal. Isso não quer dizer que sou contra a cesárea e saio por aí brigando com todo mundo. Aliás, eu queria muito ter um parto humanizado, em casa, sem intervenções, lindo. Porque eu tenho um lado mais natureba, às vezes. Mas meu lado medrosa não vai me permitir nunca dar a luz longe de um hospital. Eu morro de vontade de ter um parto lindo e sentir tudo. Já desejava isso antes e continuo na esperança. Mas no hospital. Acho lindo e admiro as mulheres que tem parto em casa. Que sorte elas tem de dar tudo certo. Não faz meu tipo. O parto normal sim. Mas aí você pergunta, por que você fez cesárea e tomou anestesia? Primeiro porque não me empoderei desde o começo. Me informei muito, mas acho que não o suficiente. Não conhecia meu corpo, tinha medo do inesperado. Mesmo assim, segui firme. Meu parto foi induzido sim, mas foi uma decisão tomada porque eu já estava de quase 41 semanas, as contrações tinham recém começado e a preocupação com o bebe falou mais alto. A ideia era experimentar sem anestesia. E fui super bem sem ela, aguentando as contrações. Mas o problema era o toque, doía demais, e estava atrapalhando no meu relaxamento e me deixando nervosa, ficava tensa demais. Pedi anestesia com 8cm. Faltava bem pouco. No fim das contas, tive uma cesárea de emergência, pois a bolsa não rompeu sozinha, e quando o médico o fez tinha o famoso mecônio. O bebe foi monitorado e estava entrando em sofrimento. Não tive escolha.
Voltando à polêmica. O parto humanizado é lindo. O parto normal é bom para a mãe e o bebê. Mas tem gente que prefere a cesárea. Tem gente que prefere escolher o dia que o filho vai nascer, marcar data e hora, estar linda e preparada. Eu não quero isso. Acho que as dores que eu senti fizeram parte do processo de me tornar mãe. Acho que o meu filho nasceu no tempo dele, na hora em que ele estava pronto. Mas não julgo, cada uma é cada uma, respeito sua opinião, desde que você respeite a minha.

3-) Leite materno ou leite artificial. Que tal os dois? Como foi o meu caso, por exemplo.
Confesso que esse assunto me magoou por muito tempo. Hoje já sou mais sossegada, e não vejo a hora de ter outro filho para tentar algumas coisas diferentes e ver se tenho mais sucesso nessa tarefa. Eu sempre desejei amamentar. Mas não tive leite suficiente. Tem gente que diz que não existe essa de leite pouco, leite fraco. E até pode ser mesmo. Falhei em alguma coisa. Não sei se foi medo ou o estresse do parto, ou porque não fui bem orientada no hospital, ou foi mesmo a falta de experiência, enfim. Amamentei com muito esforço até os 5 meses. Esforço porque meu filho negava o peito, ele sugava pouco e desistia, foi bem difícil pra mim. Inclusive eu acho que isso reflete na nossa relação mãe-filho até hoje. Eu demorei muito para aceitar que ele chorava de fome e não de qualquer outra coisa. Iniciamos o leite artificial quando ele estava com 25 dias. No entanto, não me sinto menos mãe, menos mulher, nem nada. Quero sim fazer melhor e acertar no próximo filho, mas não tenho garantia nenhuma. Tem mulheres que escolhem desde o principio a não amamentar. Não julgo por não saber o que se passa em cada uma. Só sei que é muito bom amamentar, é um momento único entre mãe e filho, um sentimento que o pai ou qualquer outra pessoa nunca sentirá. Mas, ainda assim tem gente que diz que dá pra se conectar do mesmo jeito dando a mamadeira. Não sei. Eu sou a favor de dar o peito sim. O leite da mãe é completo e essencial para a saúde do bebe. Mesmo mamando bem pouco do meu leite, Will tem uma saúde de ferro, nunca teve febre, só ficou mais doente depois de mais de 1 ano de idade, e ainda assim nada muito grave e complicado.

4-) Alimentação saudável. Mais um tema super polêmico e super da moda, na minha opinião.
Quer saber minha opinião? Sou muito contra a dar alimentos industrializados, cheios de sal e açúcar. Na prática? Meu filho só come bem macarrão e nuggets. Sim, contraditório né? Mas por que? Sou preguiçosa? Um pouquinho, às vezes, posso até ser. Mas é porque cansa tentar, tentar, tentar, tentar, fazer de tudo e seu filho só se alimentar bem de leite.
Quando comecei a dar as papinhas, ele comia muito bem e de tudo. Com o passar do tempo começou a ter suas preferências e a negar algumas frutas e algumas papinhas salgadas com alguns determinados ingredientes. Quando fomos para a transição para os sólidos, a guerra começou. No começo ele até se interessava em experimentar os coloridos e diferentes no prato. Hoje ele arremessa longe! Tem dias que dá vontade de desistir e chorar. Frutas? Praticamente nenhuma, ele faz cara de nojo. As únicas coisas que vão bem é arroz e macarrão. O jeito é intercalar e experimentar inserir uns complementos. Mas haja paciência, porque se esta muito misturado não vai nem arroz nem macarrão. Ultimamente que resolvi testar o nuggets e ele aceitou, já que não vai carne nem frango de jeito nenhum. Às vezes o peixe é bem aceitado e devorado, mas quando começa a repetir muito ele já desiste e começa a arremessar.
Eu sei que muito é culpa minha e da minha alimentação que não é super correta. Volte e meia eu tento mudar alguns hábitos, melhorar algumas coisas e até que vamos bem. Mas é só algo fugir da ordem que voltamos a comer errado. Algumas coisas já cortamos de vez, as frituras por exemplo, não faço aqui em casa de jeito nenhum.
Gente, sabe o que eu faço? Como as coisas na frente dele, frutas, etc. O piazinho nem liga!

Acho que por hoje está bom. Até tem mais coisas polêmicas, mas o post já ficou longo o suficiente.
Queridas amigas leitoras, fiquem a vontade para comentar suas opiniões sobre esses temas polêmicos. Contudo, vamos ter o BOM SENSO e respeito. Cada caso é um caso, cada história é uma história, cada um tem sua opinião do que é certo ou não. Podemos nos expressar livremente, só tenhamos cuidado ao julgar e criticar. Fiquem a vontade para criticar-me, mas apenas a mim que estou dando a liberdade aqui nesse espaço. Não vamos levar para o lado pessoal, nem nada disso!

Obrigada pelas visitas aqui no blog. Escrevo para vocês, para que se sintam entendidas e não as únicas a passar por certas coisas. Espero poder ajudar de alguma forma!

9 comentários:

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  2. Finalmente consegui comentar! Não achei o post longo, mas senti ele mais como uma justificativa para certas atitudes pessoais do que um post pra tratar das polêmicas. Mas, de certa forma, não tem como ser diferente, afinal, esse é um blog pessoal, e você parte dessa tua perspectiva para escrever.
    Quanto ao relaxamento no parto, penso que foi inexperiência mesmo, não no mal sentido, mas pelo fato de ser marinheira de primeira viagem: tem coisas que livros, relatos e vídeos não ensinam, só a experiência e as próprias sensações!
    Talvez um dia eu entenda essa culpa (maior ou menor, em cada caso), que as mães sentem: não ser boa o suficiente, ou ter fracassado... Da onde vem esse sentimento? Será que não são outras pessoas que as faz internalizar isso?
    A grande parte das mães que conheço que se julgam ter falhado em algum momento movem o mundo por seus filhos... Acho que tem um pouco daquilo de se importar muito com o ue os outros dizem, ou com o que a sociedade espera de uma mãe, ou de como a mídia, talvez, projeta moldes de mães!
    Quanto ao fast food, esses dias assisti no discoveryHH um programa chamado "crianças fast food", ou seja: primeiramente, isso não acontece com poucas pessoas, senão não haveria um programa dedicado ao assunto. Segundo, a psicóloga falou e ensinou aos pais algo que eu achei muito interessante: não bast colocar a comida na frente da criança, ela tem que sentir o cheiro, a textura, brincar mesmo com a comida (no caso, eram legumes)... Quem sabe vc não acha uns episódios no youtube!
    Bjos, escreva mais!
    Caroline B.

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  3. A ideia nao era tratar sobre assuntos polemicos, e sim dizer a minha opiniao e contar minha experiencia, abrindo um espaco para opinioes.

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  4. As maes se culpam pq querem ser as melhores para seus filhos. Como ja disse em outro post, quero que meu filho tenha a melhor imgem de mim, como a mae que dava seu melhor em tudo.

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  5. Na questao da alimentacao, tentei varios metodos e ficamos com dois que mais deram certo. Ja me livrei da culpa, pois meu filho esta crescendo dentro da normalidade, nao eh desnutrido nem nada. Nao desisti de dar alimentos novos e variados, mas na pratica o que sustenta mesmo eh o que citei no post.

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  6. Ellen, acho ótimo falar sobre esses assuntos ditos polêmicos, pois muitas vezes temos que engolir a seco certos comentários sobre coisas tão pessoais que acabamos nos calando pra não gerar conflitos.
    Acho que é como você falou tudo requer bom senso, na maternidade não tem como ser radical com nada!! Cada caso é um caso, cada momento uma nova decisão.
    Tive duas gestações, engordei 12kg na primeira e 10kg na segunda. Fiz duas cesáreas, ambas com o mesmo médico, super tranquilas, sem traumas. A primeira com 41 pra 42 semanas sem qualquer sinal de entrar em trabalho de parto, a segunda com 37 semanas com a bolsa rompida e contrações... Sou medrosa, mas seguimos nossos instintos e confiamos no médico, e fizemos o que achamos melhor para as duas!! Não me arrependo nem por um segundo!!
    Não tenho boa experiência com amamentação, fiz o que pude com as duas, mas entraram na fórmula... Também não tenho arrependimentos.
    Ouvi tantas coisas sobre o que é melhor para o desenvolvimento do bebê, saúde, etc. Eu só sei de uma coisa, elas não poderiam ter desenvolvimento ou saúde melhores!!! Se podia ser melhor, então acho que teria filhas super dotadas, rsss
    Com relação a alimentação, sempre escolho o que é melhor, mais saudável, mas nem sempre é o mais aceito. A primeira comeu muito bem até os 18 meses, aí começou a recusar quase tudo, comia arroz, feijão, bife, sucos, leite, e besteiras... O resto recusava, nem experimentava. E assim se passaram os anos e aos 4, 5 anos começou a comer melhor. Não teve problemas de saúde, anemia, imunidade baixa, nada... Hoje come quase tudo!!!
    A menor ainda come o que estiver na frente, mas fico na expectativa, até quando??
    Eu não acredito em acertar ou errar, acredito em bom senso, em não ficar inventando rituais pra envolver os filhos, acredito em mostrar o mundo pra minhas filhas da maneira mais tranquila possível. Crio elas para serem mulheres felizes e capazes de irem em busca disso.
    Outro assunto que as vezes mexe comigo é educação, mas cada um faz do seu jeito, o meu jeito é deixar as crianças serem crianças, para ao crescerem poderem realmente tornarem-se adultos o mais "normais" possível. Rsss
    Estudar em escola trilingue antes de saber usar o pinico acho muito exagero!!
    Privar as crianças dos laços familiares pra serem cuidadas por terceiros também acho triste... Penso na parte emocional, no aconchego, na liberdade de crescer sem uma pressão antecipada... Posso estar enganada, mas tem dado certo!!
    Crio filhas para serem pessoas, capazes de se relacionar com pessoas... Não crio robôs, reis ou entidades lucrativas...
    Enfim, perfeito mesmo ninguém é... Temos é que ficar atentas pra mudar o rumo quando necessário, pra investir mais ou menos em certos assuntos e seguir em frente!!! Nossas crias precisam de mães felizes, capazes de apresentar o que há de bom e de mal no mundo, cuidando, orientando, acompanhando...

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    1. As vezes me sinto perdida entre tantas informacoes, e eh bom saber que mais maes compartilham ideias parecidas.

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  7. Adorei! Obrigada por compartilhar! No fim das contas o que ta certo para nossos filhos eh o instinto das maes deles, e de mais ninguem, nao eh?
    Vc ja eh mae a mais tempo, ja esta mais ligada em tudo, ainda estou despertando e aprendendo, observando e formando minha opiniao.

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  8. Sabe... a gente escuta e lê tanta coisa que realmente ficamos perdidas. Mas no fim das contas, acho que toda mãe que tem amor por seus filhos e sua família (e isso inclui ela mesma) sempre faz o que acha melhor.

    Vou comentar 2 pontos: Meu parto foi cesárea com ressalvas... sinceramente, acho sim que minha médica "me apavorou" um pouco com certos riscos que estavam acontecendo, mas... o maridão disse, vc não confia na médica? E como eu não sou formada em medicina, fizemos o que ela disse e pronto.

    Amamentação, eu fiz questão de amamentar e o desmame completo veio só agora,1 aninho depois, mas... o início foi difícil, DEMAIS, o peito rachou, doía horrores, além de ele não engordar direito o primeiro mês todo, e não poder dividir as noites em claro com ninguém, e a pediatra queria que introduzisse o artificial, mas pedi mais uns dias e "nos dei" um prazo para continuarmos a tentar, e felizmente, acho que faltava nós 2 pegarmos o jeito e ele começou a engordar bem, as dores passaram e tudo deu certo. Pra mim. A dor que senti já justifica o fato de muitas não quererem ir em frente com isso, e se a mulher decidir assim, tudo bem... se não deu, tudo bem... se ela simplesmente não quer, tudo bem... acho que o mais importante é a saúde e bem estar de mãe e bebê, acima de tudo.

    Enfim, acho super válido trocarmos experiências (como a sua), buscarmos opiniões, assistirmos e lermos materiais sobre os temas que nos preocupam, afinal, queremos o melhor para nossos filhos, mas, o que realmente fazer, só nós mães sabemos a fundo e vamos fazer o que achamos melhor para cada, pois só nós sabemos os detalhes de tudo isso... desde o jeitinho de dormir, o brinquedo preferido, o desenho que mais gosta... por isso, com esforço, nós vamos conseguir, sempre!

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