Porque toda mãe, acima de tudo, é mulher, tem sentimentos, medos, angústias, paixões, sonhos, frustrações, metas, desejos, vontades e precisa pensar e cuidar de si mesma um pouquinho.
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quarta-feira, 16 de julho de 2014

"O que te define?"

   Um dia desses vi um vídeo de uma palestra motivacional dada por uma garota que é considerada a mulher mais feia do mundo.  Você já viu? Entre várias coisas que ela disse, o que me marcou mais que tudo foi a questão “O que te define? O que define quem você é?”. Fiquei pensando nisso na minha vida e buscando respostas durante todo o dia. Encontrei mais perguntas. O que define o que eu faço? O que define o que eu penso? O que define o que eu sou? E depois de muito pensar, conclui certo que hoje o que me define é como o meu filho, o meu marido e o meu Pai Celestial me veem, o que eles enxergam em mim, o que eu sou para eles. E dai vem outras questões para ponderar. O que eu quero passar para o meu filho? Estou agradando meu marido e correspondendo às suas expectativas? Estou vivendo conforme meu potencial divino de filha de Deus? O que estou mostrando de verdade para eles? Como eu sou de verdade? Pense nisso você também.
   Tenho pensado muito sobre quem somos, sobre nossa definição, sobre nosso papel no mundo, sobre nossos atos, sobre ser mulher e que tipo de mulher.

(não foi fácil encontrar uma imagem de mulher guerreira recatada!)
 
   Sempre admirei mulheres fortes e guerreiras, sempre me senti incomodada com a fraqueza que algumas mulheres demonstram. Sempre desejei ser uma mulher forte, guerreira, que vai à luta não importa a causa, não importa onde esteja. Nem sempre falei abertamente sobre isso para não ser taxada de feminista (ou machista), nem acho que sou, mas tem pessoas que não aceitam ideias diferentes das quais esta acostumada e por isso é fácil dar um nome qualquer para quem vem com outra mentalidade. Mas, enfim, não vem ao caso falar de outrem. Falo por mim. Por ter o desejo somente já me considerava forte e decidida. No entanto, conforme fui vivendo certas coisas descobri o quão frágil eu era, e ainda sou, e o quão longe eu estava de ser aquela mulher guerreira dos meus sonhos. Hoje eu entendo que essa força não nasce com a gente e nem vem de um dia para o outro. Ela precisa ser aprendida e desenvolvida. Não fui ensinada para isso. Achava que sim, e hoje descobri que não. Achava que tinha crescido rodeada por mulheres fortes e guerreiras e, de certa forma sim, mas o problema é que essas mulheres, pelas quais tenho grande admiração, deixaram suas fraquezas expostas demais e perderam sua força com o passar do tempo. E deveria ser muito pelo contrário, a vida tem que nos deixar mais vivas, mais fortes, mais lutadoras, mais persistentes, mais vitoriosas, mais charmosas, mais maduras, mais admiráveis, melhores em tudo.
   Antes que alguém venha cheia de pedras nas mãos para me atacar, já digo que não estou querendo dizer que não podemos ser frágeis, ter nossos dias de cansaço, desânimo, vontade de desistir, vontade de chorar, vontade de ficar no quarto escuro e dormir o dia todo, vontade de surtar. Podemos e precisamos, às vezes. O que eu estou dizendo é que precisamos ser fortes e saber a hora que chega de nhem nhem, levantar a cabeça e seguir a luta.
   Percebi, então, que o jeito era aprender sozinha, enfrentar sozinha, lutar sozinha, vencer sozinha. Não reclamo pois acho que aprendi mais rápido. Talvez se tivesse recebido ajuda demoraria mais a aprender e quando ficasse sozinha de verdade não estaria pronta para mostrar minha força. Todas nós mulheres temos uma força dentro de nós que precisamos encontrar. E depois que encontramos é como os músculos que precisam ser exercitados para ficarem tonificados e fortes.
   Não sou ainda a mulher mais forte e guerreira, mas a cada dia vejo grandes progressos, mesmo nas pequenas decisões do dia a dia percebo o quanto já mudei, o quanto melhorei, o quanto me fortaleci, o quanto venci. Cada vitória é uma delícia!
   Isso não quer dizer que virei uma fortaleza indestrutível, com um coração de ferro e sem sentimentos. De jeito nenhum. Para algumas coisas até fiquei mais mole.

   Mas o que é uma mulher guerreira? Qual o verdadeiro conceito? Quais suas principais características? Ao meu ver, é a mulher que basicamente não reclama. Ok. Você pode rir, porque reclamar é totalmente natural da mulher, mas o que eu quero dizer é que há jeitos e jeitos de reclamar, e é possível diminuir pelo menos a maneira de reclamar. Vamos ao que eu aprendi.
   Prezadas mulheres poderosas, parem de reclamar de sua vida nas redes sociais, parem de reclamar do seu dia para seus maridos, namorados, companheiros, familiares que também tiveram um dia cheio e cansativo, parem de reclamar das tarefas domésticas, parem de reclamar dos filhos, da falta de dinheiro, das contas para pagar, das cólicas, dos quilos a mais (ou a menos), da falta de roupa e sapatos no armário, do marido (seja lá qual forem os defeitos dele), parem de reclamar da vida. Encontrem uma solução para cada coisa antes de reclamar. Isso é ser uma mulher forte, uma mulher guerreira.

   Eu também não consegui essa proeza ainda. Às vezes escapa uma reclamação aqui e ali. Mas estou tentando evitar, e já vejo as vantagens e benefícios. Sim, pois quando reclamamos menos, e tentamos ver o lado bom e positivo das coisas nos sentimos muito bem. E por que não fortes e guerreiras? E vou te contar um segredo: a melhor sensação do mundo é poder dizer para si mesma “eu venci”.

   Se não há uma solução para todos os problemas, há para a maioria. Se a solução depende de outra pessoa, faça o que for possível e aceite que ninguém muda ninguém. A vida tá difícil? Por que? Aposto que você mesma está dificultando ou fez algo ou uma escolha para torna-la assim. Pense um pouquinho, repense, volte no tempo. Você não está onde e como gostaria? Por que? Mude! Faça algo por você! Busque uma solução! Não entre em conflito, nem com você nem com ninguém, apenas busque uma saída e nada de reclamar! Economize, não gaste desnecessariamente. Tem cólicas todo mês? Previna-se com remédios e tome-os no horário certo. Seu(s) filho(s) não te obedece(m), ou qualquer coisa relacionada a ele(s), busque ajuda, leia, converse com outras mães. Seu relacionamento vai mal? Converse, resolva, não reclame, mude. Não tem roupa? Antes de sair comprando mais, faça uma limpa no armário e doe tudo que não usou no último ano, doe para quem realmente não tem. Está acima do peso? Feche a boca, mude seus hábitos, busque ser mais saudável. E por aí vai. Só não vale reclamar!

   Tente pelo menos, faça um teste. Se não for bom, e eu duvido que não seja, você decide se quer continuar reclamando ou mudar, ser uma mulher forte, guerreira e mais feliz (tem muitos outros benefícios, mas cabe a cada uma descobrir os seus)!!!

Beijos e até o próximo post!