Porque toda mãe, acima de tudo, é mulher, tem sentimentos, medos, angústias, paixões, sonhos, frustrações, metas, desejos, vontades e precisa pensar e cuidar de si mesma um pouquinho.

sábado, 27 de janeiro de 2024

Ainda aprendendo...

 Quando nos tornamos adultos, saímos da casa de nossos pais e vamos para o mundo, precisamos aprender a cuidar de nós mesmos. Por melhores que nossos pais tenham sido em nos ensinar sobre as coisas da vida, tem coisas que só aprendemos na prática, vivendo, experienciando, sentindo, saboreando. Principalmente quando estamos em um relacionamento a dois, e quando nascem os filhos, as coisas se intensificam. O outro é nosso espelho e nos mostra nossas falhas, nossos buracos, nossos defeitos, nossas faltas, o que mais nos falta e que nós mesmos precisamos completar. O outro só está ali para nos mostrar, não para nos completar. O outro precisa de nós por inteiro, não metade. Nossos filhos precisam de nós inteiros também. Porque quando nos doamos apenas pela metade para eles, eles não ficarão inteiros e sempre haverá essa falta. 

Eu queria ter descoberto essas coisas lá atrás, para que eu tivesse tempo de me completar para o meu parceiro de vida, e para os meus filhos, para que eu pudesse estar inteira para eles desde o começo. Mas eu não sabia. A única coisa é que eu sentia que faltava alguma coisa, mas não sabia exatamente o que era. Ao longo do tempo descobri o que era e ainda assim não sabia como fazer, como me reconstruir, como me completar, como me maternar. Ainda estou aprendendo. E o que tem estado muito claro para mim é que tem coisas que hoje só eu posso fazer por mim. E hoje tem coisas que só eu posso fazer pelos meus filhos. Eu preciso cuidar de mim, para cuidar deles. Ninguém vai cuidar de mim e eles ainda não sabem cuidar deles mesmos. Eu preciso ser adulta, preciso ser MÃE, minha e deles. E como mãe, preciso dar o meu melhor, por mim e por eles. Colocar limites, regras, ser firme, determinar a hora certa das coisas, regular alimentação, higiene, rotina, minha e deles. Brigar quando precisa, ensinar o certo, ser um exemplo, agir, equilibrar emoção e razão, passar segurança, mesmo que eu não saiba o que estou fazendo. Eu preciso disso, e eles também.

Pensando bem, parece que tem mães por aí agindo tão naturalmente, fazendo isso tão bem, sendo mães de si mesmas e de seus filhos sem esforço nenhum. Ou será que é ainda porque tem suas mães por trás dando o suporte necessário? Só sei que quando meus filhos crescerem, eu ainda estarei aqui pra eles, e continuarei buscando aprender a me completar e dar sempre o máximo pra eles. Mesmo que demore, eu continuarei tentando. Um dia, veremos o sucesso dessa empreitada. Eu estarei sempre por perto, sempre darei o suporte que eles precisarem e completarei o que lhes faltar.

Meus filhos não podem esperar eu ser mãe de mim mesma, para depois ser mãe deles. Eu preciso aprender a fazer as duas coisas simultaneamente. Tapar buracos, ressignificar ausências e dores, perdoar, ser feliz. O mais importante é ser feliz com o que se tem hoje, com o que se pode ser hoje, não importa o resto, precisamos apenas ser felizes!

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