sábado, 13 de setembro de 2014
Desafio
sexta-feira, 29 de agosto de 2014
Ah, o AMOR!
O que é o amor pra você? Já parou pra pensar?
Depois dos filhos o amor não pode esfriar, não pode ficar de lado.
O que você faz para cuidar do seu amor?
terça-feira, 26 de agosto de 2014
Polêmicas e Bom Senso
Confesso que estava morrendo de vontade de escrever esse post para falar sobre assuntos polêmicos. Vocês vão concordar comigo que a maternidade é rodeada de assuntos polêmicos. Começa lá trás, antes mesmo de engravidar já tem um monte de gente dando palpite, com opiniões diferentes sobre tudo! Eu costumo apenas me divertir com essas polêmicas, pois não gosto de bater boca. Tenho minha opinião, e hoje vocês vão saber qual é, mas não fico postando no face, comentando quem fala e tal. Primeiro que não sei argumentar, eu preciso pensar, pensar, pensar (igual o Pooh). Segundo que discutir não leva a nada, não muda o que o outro pensa e dificilmente a gente se permite mudar o que pensa também, mesmo que o outro esteja certo. Não costuma ser assim?
Bom, eu não vou citar TODAS as polêmicas da maternidade porque isso levaria uma vida inteira. Vou citar algumas, as que tem a ver comigo, minhas ideias. Se precisar faço outro post depois continuando.
Fiquem a vontade para comentar e compartilhar, so nao vale brigar!
Vamos lá??? Vou tentar seguir uma ordem.
1-) Quantos kgs engorda-se na gravidez. Minha opinião? É lindo ver uma grávida em forma, que só aumentou a barriga. Chega a dar inveja, certo? E a grávida redondinha, bochechudinha, que não consegue andar, sentar, levantar? Todos olham horrorizados. Mas gente, temos que levar muito em consideração o histórico da mãe, a situação dela, o emocional e tudo mais antes de julgar. Ansiedade não escolhe onde vai se instalar. Tudo bem, concordo que tem mulher relaxada mesmo, que come por dois de propósito, mas nem todo caso é assim.
Agora vou falar por mim, como foi minha experiência. Eu enjoei por quase 6 meses. Já engravidei acima do peso, e no começo perdi 5 kg. Sofri muito e hoje sou grata por ter tido tanto enjoo. Engordei 15 kg no total, os 5 que eu recuperei, mais 10. Detalhe que os 10 foram adquiridos em praticamente 4 meses. Se não fossem os enjoos, provavelmente eu teria engordado o dobro se tivesse me alimentado no mesmo ritmo a gestação inteira. Isso pq eu cuidei muuuuito da minha alimentação! Meu marido é testemunha. Mudei vários hábitos, me cuidei de verdade. Não tomei refrigerante, principalmente Coca-Cola. Eu tomava um pouco de Sprite bem gelada nos picos de enjoo e só. De resto era suco e agua, muuuita agua, hábito que eu não tinha antes. Cuidei muito com frituras e gorduras. Inseri muita verdura e salada no dia a dia. Só deslizei um pouco nos doces, mas minha glicose ficou super baixa, e isso não me prejudicou.
Não dá pra julgar sem ter conhecimento de causa. E isso vale para todas as polêmicas que ainda estão por vir.
2-) Parto normal ou cesárea. Esse é meu preferido. Eu super defendo o parto normal. Isso não quer dizer que sou contra a cesárea e saio por aí brigando com todo mundo. Aliás, eu queria muito ter um parto humanizado, em casa, sem intervenções, lindo. Porque eu tenho um lado mais natureba, às vezes. Mas meu lado medrosa não vai me permitir nunca dar a luz longe de um hospital. Eu morro de vontade de ter um parto lindo e sentir tudo. Já desejava isso antes e continuo na esperança. Mas no hospital. Acho lindo e admiro as mulheres que tem parto em casa. Que sorte elas tem de dar tudo certo. Não faz meu tipo. O parto normal sim. Mas aí você pergunta, por que você fez cesárea e tomou anestesia? Primeiro porque não me empoderei desde o começo. Me informei muito, mas acho que não o suficiente. Não conhecia meu corpo, tinha medo do inesperado. Mesmo assim, segui firme. Meu parto foi induzido sim, mas foi uma decisão tomada porque eu já estava de quase 41 semanas, as contrações tinham recém começado e a preocupação com o bebe falou mais alto. A ideia era experimentar sem anestesia. E fui super bem sem ela, aguentando as contrações. Mas o problema era o toque, doía demais, e estava atrapalhando no meu relaxamento e me deixando nervosa, ficava tensa demais. Pedi anestesia com 8cm. Faltava bem pouco. No fim das contas, tive uma cesárea de emergência, pois a bolsa não rompeu sozinha, e quando o médico o fez tinha o famoso mecônio. O bebe foi monitorado e estava entrando em sofrimento. Não tive escolha.
Voltando à polêmica. O parto humanizado é lindo. O parto normal é bom para a mãe e o bebê. Mas tem gente que prefere a cesárea. Tem gente que prefere escolher o dia que o filho vai nascer, marcar data e hora, estar linda e preparada. Eu não quero isso. Acho que as dores que eu senti fizeram parte do processo de me tornar mãe. Acho que o meu filho nasceu no tempo dele, na hora em que ele estava pronto. Mas não julgo, cada uma é cada uma, respeito sua opinião, desde que você respeite a minha.
3-) Leite materno ou leite artificial. Que tal os dois? Como foi o meu caso, por exemplo.
Confesso que esse assunto me magoou por muito tempo. Hoje já sou mais sossegada, e não vejo a hora de ter outro filho para tentar algumas coisas diferentes e ver se tenho mais sucesso nessa tarefa. Eu sempre desejei amamentar. Mas não tive leite suficiente. Tem gente que diz que não existe essa de leite pouco, leite fraco. E até pode ser mesmo. Falhei em alguma coisa. Não sei se foi medo ou o estresse do parto, ou porque não fui bem orientada no hospital, ou foi mesmo a falta de experiência, enfim. Amamentei com muito esforço até os 5 meses. Esforço porque meu filho negava o peito, ele sugava pouco e desistia, foi bem difícil pra mim. Inclusive eu acho que isso reflete na nossa relação mãe-filho até hoje. Eu demorei muito para aceitar que ele chorava de fome e não de qualquer outra coisa. Iniciamos o leite artificial quando ele estava com 25 dias. No entanto, não me sinto menos mãe, menos mulher, nem nada. Quero sim fazer melhor e acertar no próximo filho, mas não tenho garantia nenhuma. Tem mulheres que escolhem desde o principio a não amamentar. Não julgo por não saber o que se passa em cada uma. Só sei que é muito bom amamentar, é um momento único entre mãe e filho, um sentimento que o pai ou qualquer outra pessoa nunca sentirá. Mas, ainda assim tem gente que diz que dá pra se conectar do mesmo jeito dando a mamadeira. Não sei. Eu sou a favor de dar o peito sim. O leite da mãe é completo e essencial para a saúde do bebe. Mesmo mamando bem pouco do meu leite, Will tem uma saúde de ferro, nunca teve febre, só ficou mais doente depois de mais de 1 ano de idade, e ainda assim nada muito grave e complicado.
4-) Alimentação saudável. Mais um tema super polêmico e super da moda, na minha opinião.
Quer saber minha opinião? Sou muito contra a dar alimentos industrializados, cheios de sal e açúcar. Na prática? Meu filho só come bem macarrão e nuggets. Sim, contraditório né? Mas por que? Sou preguiçosa? Um pouquinho, às vezes, posso até ser. Mas é porque cansa tentar, tentar, tentar, tentar, fazer de tudo e seu filho só se alimentar bem de leite.
Quando comecei a dar as papinhas, ele comia muito bem e de tudo. Com o passar do tempo começou a ter suas preferências e a negar algumas frutas e algumas papinhas salgadas com alguns determinados ingredientes. Quando fomos para a transição para os sólidos, a guerra começou. No começo ele até se interessava em experimentar os coloridos e diferentes no prato. Hoje ele arremessa longe! Tem dias que dá vontade de desistir e chorar. Frutas? Praticamente nenhuma, ele faz cara de nojo. As únicas coisas que vão bem é arroz e macarrão. O jeito é intercalar e experimentar inserir uns complementos. Mas haja paciência, porque se esta muito misturado não vai nem arroz nem macarrão. Ultimamente que resolvi testar o nuggets e ele aceitou, já que não vai carne nem frango de jeito nenhum. Às vezes o peixe é bem aceitado e devorado, mas quando começa a repetir muito ele já desiste e começa a arremessar.
Eu sei que muito é culpa minha e da minha alimentação que não é super correta. Volte e meia eu tento mudar alguns hábitos, melhorar algumas coisas e até que vamos bem. Mas é só algo fugir da ordem que voltamos a comer errado. Algumas coisas já cortamos de vez, as frituras por exemplo, não faço aqui em casa de jeito nenhum.
Gente, sabe o que eu faço? Como as coisas na frente dele, frutas, etc. O piazinho nem liga!
Acho que por hoje está bom. Até tem mais coisas polêmicas, mas o post já ficou longo o suficiente.
Queridas amigas leitoras, fiquem a vontade para comentar suas opiniões sobre esses temas polêmicos. Contudo, vamos ter o BOM SENSO e respeito. Cada caso é um caso, cada história é uma história, cada um tem sua opinião do que é certo ou não. Podemos nos expressar livremente, só tenhamos cuidado ao julgar e criticar. Fiquem a vontade para criticar-me, mas apenas a mim que estou dando a liberdade aqui nesse espaço. Não vamos levar para o lado pessoal, nem nada disso!
Obrigada pelas visitas aqui no blog. Escrevo para vocês, para que se sintam entendidas e não as únicas a passar por certas coisas. Espero poder ajudar de alguma forma!
quarta-feira, 6 de agosto de 2014
Aprendendo a Pescar
Enfim, vamos ver o que eu consigo.
Você sabe o que é empoderamento? Você já ouviu falar?
Eu comecei a ouvir essa palavra, que eu nem sabia que existia, quando estava grávida e buscando por condições de ter um parto humanizado. Muitos textos e sites que defendem o parto normal falam sobre o empoderamento da mulher. Na época eu achava que tinha entendido e achava que estava me empoderando. Depois de tudo como aconteceu, o parto, o pós parto, as dúvidas que ficaram, os erros que eu cometi, eu descobri que não tinha me empoderado porcaria nenhuma.
Hoje, já pensando no segundo filho, eu resolvi ir atrás de mais informação já antes de engravidar. E eis que encontrei um grupo no facebook chamado Tentantes Empoderadas. Imediatamente entrei no grupo e fiquei lá bem quietinha só lendo o que as meninas postavam. Foi então que eu comecei a perceber que as moderadoras do grupo pregam o seguinte: aqui não damos o peixe, nós ensinamos a pescar. Ou seja, elas não ficam respondendo as perguntas e dúvidas das participantes toda vez, até pq quase todas tem as mesmas dúvidas, o grupo na verdade é um lugar onde elas tentam juntar o máximo de informações para que cada uma possa conhecer seu corpo, conhecer seu ciclo, aprender a identificar seu período fértil e assim estar melhor preparada para ter seu positivo.
Eu não estou desesperada para engravidar, acho que vai acontecer na hora certa. Mas comecei a ler os arquivos do grupo e me informar e vi quanta coisa eu não sabia. E é coisa básica que acontece no corpo da mulher, coisa que ninguém conta se você não perguntar. E não é só relacionado a engravidar ou evitar gravidez. É muito mais que isso, é saber o que acontece dentro de mim desde os meus 11 anos quando menstruei, pq tenho alterações de humor, pq tenho cólicas, etc. Todo mundo sabe o básico, mas não precisamos ficar no básico, podemos ir além, saber a fundo, buscar respostas. O primeiro texto que elas sugerem para começar é chamado de O Mágico Ciclo Menstrual. Eu adorei, um texto simples que me explicou tudinho. Você sabe o que é um folículo? E folículo dominante? Você sabe o que o hormônio luteinizante? Você sabe o que é fase lútea? Bom, eu sabia de algumas coisas meio por cima, outras eu nunca tinha ouvido falar! Nem os ginecologistas costumam explicar essas coisas, a não ser que você pergunte. Ou ate falam, mas nem prestamos atenção quando ouvimos termos diferentes.
O que eu quero dizer com esse post não é te mostrar que você não sabe nada, que é uma desinformada da vida. Não, não, não! O que eu quero dizer é que muitas vezes a gente se acomoda com o que tem sendo que pode ter muito mais, mais informação, mais conhecimento, mais felicidade, mais satisfação, mais realização, mais orgulho do que se faz e do que se é.
Por exemplo, eu poderia ficar anos tentando engravidar e nunca conseguir, mesmo sendo saudável e não tendo problema nenhum, só pq a informação sobre meu período fértil é muito básica, muito pouco. Claro que pode acontecer rapidinho também. Tem gente que engravida assim que para de tomar a pílula, assim como tem gente que acerta na loteria e fica milionário.
Opa, não estou querendo assustar, que engravidar é difícil. Também não é. Mas a gente pode facilitar a vida, entendeu?
Vou dar outro exemplo. Quando eu era jovem achava que adulto sabia de tudo, eu achava que você virava adulto e automaticamente você passava a saber de tudo. Nós mulheres saberíamos ser esposas, mães, donas de casa, empresárias, bem sucedidas, etc. Ou pelo menos que tivesse um curso, uma apostila, ou alguém aparecia e te dava todas as respostas. Não sei pq eu pensava isso. Mas de repente eu me vejo perto dos 30 e sem saber muita coisa da vida adulta. Pq eu não sei? A resposta é simples: Pq eu não aprendi a pescar antes!! Tcharan!!!
Conceito de empoderamento: conscientização; criação; conquista da condição e capacidade de participar e realizar.
Em outras palavras, quando eu me empodero, eu busco as respostas que eu ainda não sei, eu crio meios de realizar o que eu desejo, eu aprendo, eu fico no comando. E isso serve para TUDO na vida, absolutamente TUDO.
A leitura da semana que eu compartilhei naquela semana, que foi um discurso do Pres. Uchtdorf, tem tudo a ver com isso. Se você não viu, pode conferir aqui.
Naquela semana eu tinha uma atividade da igreja em vista e precisava de uma roupa de pioneira, ou seja, roupa usada lá pelos anos 1830. Pretendo fazer um post falando mais sobre pioneiras, as roupas, o legado, meu nome, etc, por hoje não posso perder o foco. Voltando. Eu tinha um vestido antigo que eu podia fazer alguns ajustes, precisava de um chapéu e um avental. Comprei o tecido e pensei em levar em alguma costureira pra mandar fazer. Foi então que levei um chacoalhão do Sr. L. Ele disse que faz muito tempo que eu queria aprender a costurar e pq eu não aproveitava essa chance para aprender? A principio arrumei várias desculpas, que não tinha tempo, que eu não sabia nem por onde começar, que eu nunca tinha costurado na vida. Mas daí eu li aquele discurso, e senti que devia buscar, aprender e fazer. E como resultado eu consegui, pesquisando na internet, aprendi os meios, fiz em tempo hábil e a atividade foi um sucesso. (Quando eu escrever sobre as pioneiras, eu posto uma foto de como ficou meu traje.)
Enfim, é isso. Acho que consegui passar o que eu queria.
Vamos nos empoderar em todas as coisas que precisamos aprimorar, aprender e encontrar respostas. Com trabalho e dedicação tudo é possível, o céu é o limite.
Provavelmente voltarei a falar sobre isso futuramente.
Obrigada pelo carinho de vocês, pelas mensagens, comentários e e-mails. Ainda não consegui responder, mas prometo que vou! O Despertar de uma Mãe não é nada sem vocês.
quarta-feira, 30 de julho de 2014
Inspiração e Dicas de Blog
Mas antes vou explicar um pouquinho sobre a série.
Até agora não coloquei nenhum link aqui no blog. No entanto, eu acompanho muitos blogs bacanas e vou acrescentar aos poucos uma lista aqui ao lado. Então, sempre antes de acrescentar o link na lista, vou falar um pouco sobre o blog/site, o pq que eu gosto, o que tem de bacana, quem escreve, etc. A intenção a principio não é fazer propaganda somente, até pq acompanho blogs que eu nem conheço quem escreve, mas sim compartilhar coisas bacanas e que podem ser úteis. Só vou tentar ficar dentro de assuntos que tem a ver com O Despertar de Uma Mãe. No começo pode ser que seja bem frequente pq já tenho uma boa lista.
Quem tiver alguma dica, pode me enviar no email (ellennelliec@gmail.com). Acompanharei por um tempo, e dai posto a dica aqui.
Bom, vamos lá.
O blog da Stephanie é esse aqui.
Ela já esta bem famosa, para saber mais sobre a história dela é só acompanhar seu blog, ou pesquisar no google. Tem inclusive vídeos e tal.
Eu já tinha entrado no blog dela há alguns anos atrás e foi por acaso pq vi alguém comentando sobre a história dela em algum blog. Eu achei interessante, mas não levei muito adiante a curiosidade. Mais ou menos um ano atrás cai de novo no blog dela, soube q ela é da Igreja e resolvi pesquisar mais sobre sua história e descobri que ela até escreveu um livro. Mergulhei de cabeça e viciei. Já li o blog dela inteirinho, a história é linda. Até ganhei o livro (em inglês) no Natal.
A Stephanie e sua história me ajudou muito a despertar. Despertar pra vida, despertar como pessoa, como esposa e principalmente como mãe. De toda a história do acidente, de tudo que ela passou e superou tem muitas coisas que me marcaram muito, inclusive o lado espiritual que me toca bastante lendo o livro. Mas o que mais me "chacoalhou" é quando ela diz no livro (e acho que num vídeo ela tbm fala) que quando ela estava no hospital ela se preocupava muito com os filhos, ela tinha que melhorar logo, voltar pra eles pq só ela como mãe conhecia eles de verdade, as coisas que eles gostavam, o jeitinho de cada um. Então, fica aí a dica do blog dela.
Meu sonho? Um dia encontra-la, poder dar um abraço e dizer "Thank you soooo much!"
sábado, 26 de julho de 2014
Leitura da Semana
Queridas irmãs, sou grato por esta primeira oportunidade de falar às mulheres da Igreja congregadas em todas as partes do mundo. Temos a grande honra de contar hoje com a presença do Presidente Monson e do Presidente Eyring. O coro nos emocionou com sua música e ouvimos as mensagens inspiradoras da irmã Thompson, da irmã Allred e da irmã Beck.
Ao saber que lhes falaria hoje, fiquei pensando nas muitas mulheres que moldaram a minha vida: minha maravilhosa esposa Harriet, minha mãe, minha sogra, minha irmã, minha filha, minha nora e muitas amigas. Em toda minha vida, tive a meu lado mulheres que me inspiraram, ensinaram e motivaram. Sou o que sou hoje, em grande parte, devido a essas mulheres inigualáveis. Sempre que me reúno com as irmãs da Igreja, sinto que estou rodeado de almas igualmente notáveis. Sou grato por estar aqui, grato por seus talentos, sua compaixão e seu serviço. Acima de tudo, sou grato por quem vocês são: preciosas filhas de nosso Pai Celestial, e de valor infinito.
Com certeza não estou dizendo algo novo, mas as diferenças entre homens e mulheres podem ser em geral muito marcantes — física, mental e também emocionalmente. Uma das melhores ilustrações disso está na maneira como eu e minha mulher preparamos uma refeição.
Quando Harriet prepara um prato, é uma obra-prima. Sua culinária é vasta como o mundo, e, muitas vezes, ela prepara pratos típicos de países que já visitamos. A aparência dos seus pratos é inspiradora. De fato, são tão bonitos, que parece um crime comê-los. Eles são um banquete, tanto para os olhos como para o paladar.
Porém, por mais perfeito que tudo esteja, na aparência e no sabor, Harriet sempre vai pedir desculpas por algo que acha estar imperfeito. “Acho que coloquei gengibre demais”, ela vai dizer, ou “da próxima vez, acho que seria melhor colocar mais curry e mais uma folha de louro”.
Agora vou comparar com minha técnica na cozinha. Quando preparei este discurso, perguntei à Harriet que prato eu faço melhor.
Ela respondeu: ovos fritos.
Com gemas inteiras.
Mas isso não é tudo. Preparo um prato especial chamadoKnusperchen. O nome até parece com algum prato sofisticado de um restaurante fino. Vou contar-lhes como prepará-lo. Corta-se o pão francês em fatias finas que depois são torradas duas vezes.
Essa é a receita!
Portanto, entre ovos fritos — mesmo encharcados — e Knusperchen— mesmo queimado — quando cozinho, sinto-me um verdadeiro herói.
Todo esse contraste entre minha esposa e eu talvez seja um pouco exagerado, mas ilustra algo que pode ir muito além da culinária.
Parece-me que nossas notáveis irmãs às vezes subestimam seus talentos — concentram-se no que lhes falta ou é imperfeito, em vez de pensarem naquilo que realizaram e em quem são.
Talvez vocês reconheçam essa característica em alguém que conheçam muito bem.
O aspecto positivo é que ela também é sinal de uma qualidade admirável: o desejo nato de agradar ao Senhor da melhor forma possível. Infelizmente, ela também pode conduzir à frustração, ao cansaço e à infelicidade.
A Todas que Estão Cansadas
Hoje, gostaria de falar àquelas que já se sentiram inadequadas, desanimadas ou cansadas — em resumo, quero falar a todos nós.
Rogo também ao Espírito Santo que amplie minhas palavras e confira-lhes mais significado, profundidade e inspiração.
Sei que às vezes é difícil manter a cabeça fora d’água. De fato, neste mundo de mudanças, desafios e tarefas, às vezes pode parecer quase impossível evitar sentir-nos assoberbados pelas emoções trazidas pelo sofrimento e pela tristeza.
Não quero dizer que bloquear os sentimentos negativos seja simples como desligar um interruptor. Não estamos em um show de auto-ajuda para levar os que afundam na areia movediça a pensar que estão descansando em uma praia. Sem dúvida, em nossa vida sempre há preocupações justas. Sei que há corações aqui, hoje, que abrigam dores profundas. Outros lutam contra temores que perturbam a alma. Para algumas, a solidão é sua provação secreta.
Tais coisas não são insignificantes.
Entretanto, gostaria de falar-lhes sobre dois princípios que podem ajudá-las a encontrar o caminho da paz, esperança e alegria — mesmo nos momentos de provação e sofrimento. Quero falar sobre a felicidade de Deus e sobre como cada um de nós pode experimentá-la, apesar das dificuldades que nos cercam.
A Felicidade de Deus
Primeiramente, quero fazer-lhes uma pergunta: “Qual é, em sua opinião, a maior felicidade possível?” Para mim, a resposta é “A felicidade de Deus”.
Isso nos leva a outra pergunta: “E qual é a felicidade do nosso Pai Celestial?”
Talvez seja impossível responder, porque os Seus caminhos não são os nossos caminhos. Porque assim como os céus são mais altos do que a terra, assim são os caminhos de Deus mais altos e os pensamentos Dele mais altos do que os nossos.1
Embora não conheçamos “o significado de todas as coisas”, sabemos que Deus “ama seus filhos”2, porque disse: “Pois eis que esta é minha obra e minha glória: Levar a efeito a imortalidade e vida eterna do homem”.3
O Pai Celestial é capaz de realizar essas duas grandes obras: a imortalidade e a vida eterna do homem, porque Ele é um Deus criador e compassivo. Criar e ser compassivo são dois objetivos que contribuem para a felicidade perfeita do Pai Celestial. Criar e ser compassivo são duas atividades que nós, como Seus filhos espirituais, podemos e devemos imitar.
A Obra da Criação
O desejo de criar é um dos mais profundos anseios da alma humana. Sejam quais forem nossos talentos, estudos ou nossas habilidades, cada um de nós tem um desejo inato de criar algo.
Todo mundo é capaz de criar. Não é necessário ter dinheiro, destaque ou influência para criar algo que tenha conteúdo e beleza.
O ato de criar proporciona profunda satisfação e realização. Desenvolvemos a nós e a outros quando tomamos nas mãos “matéria inorganizada” e fazemos dela algo belo — e não estou falando do processo de limpeza do quarto de seus filhos adolescentes.
Talvez alguém diga: “Não sou do tipo criativo. Quando canto, sempre estou meio-tom acima ou abaixo da nota. Não consigo traçar uma reta sem uma régua. E a única utilidade prática para o pão que faço em casa é servir de peso de papel ou segurar a porta”.
Se for assim que você se sente, reconsidere, e lembre-se de que você é uma filha espiritual do Ser mais criativo do universo. Não é admirável a idéia de que nosso próprio espírito foi moldado por um Deus infinitamente criativo e eternamente compassivo? Pensem nisto: seu corpo espiritual é uma obra-prima, criada com beleza, funções e capacidades muito além do que podemos imaginar.
Mas com que finalidade fomos criados? Fomos criados com o propósito e com o potencial expresso de experimentarmos a plenitude da alegria.4 Nosso direito nato — e o propósito de nossa grande jornada nesta Terra — é buscar e vivenciar a felicidade eterna. Uma das maneiras de encontrá-la é por meio da criação.
Se você é mãe, você participa da obra de criação com Deus — não só por proporcionar um corpo físico a seus filhos, mas também por ensiná-los e criá-los. Se você ainda não é mãe, os talentos criativos que desenvolver a prepararão para quando esse dia chegar, seja nesta vida ou na eternidade.
Talvez você pense que não tem talento, mas essa é uma conclusão falsa, pois todos temos talentos e dons, cada um de nós.5 A criatividade não tem limites e extrapola as bordas de uma tela ou uma folha de papel, e não requer pincéis, caneta e nem mesmo as teclas de um piano. Criatividade significa tornar existente algo que não existia antes: jardins floridos, lares harmoniosos, lembranças familiares, riso prazeroso.
Aquilo que você cria não tem de ser perfeito. Então, que importa se os ovos estão encharcados ou as torradas queimadas? Não deixe o medo do fracasso desanimá-la. Não deixe que as vozes dos críticos a paralise — sejam vozes de fora ou de dentro de você mesma.
Se ainda assim se sente incapaz de criar, comece aos poucos. Veja quantos sorrisos você pode causar, escreva uma carta de agradecimento, aprenda algo novo, identifique um espaço e o embeleze.
Há cerca de 150 anos, o Presidente Brigham Young falou aos santos daquela época: “Há uma grande obra para os santos realizarem”, disse ele. “Desenvolvam e aperfeiçoem, tornem belo tudo ao seu redor. Cultivem a terra e cultivem sua mente. Ergam cidades, adornem seus lares, plantem jardins, pomares, vinhas e tornem a terra tão agradável que, quando contemplarem seus labores, façam isso com satisfação, e que os anjos possam ter prazer em vir a seus belos recantos e visitá-los. Ao mesmo tempo, procurem sempre adornar sua mente com todas as graças do Espírito de Cristo.”6
Quanto mais confiamos no Espírito e Dele dependemos, maior é a nossa capacidade de criar. Esta é nossa oportunidade nesta vida e nosso destino na vida futura. Irmãs, confiem no Espírito e tenham fé Nele. Quando aproveitamos as oportunidades comuns da vida diária e criamos algo de belo e útil, aprimoramos não só o mundo ao nosso redor, mas também o nosso mundo interior.
Ser Compassivo
Ser compassivo é outra grande realização de nosso Pai Celestial e é uma característica fundamental do povo que somos. Foi-nos ordenado que “[socorrêssemos] os fracos, [erguêssemos] as mãos que pendem e [fortalecêssemos] os joelhos enfraquecidos”.7 Os discípulos de Cristo, em todas as épocas, distinguiram-se pela compaixão. Os que seguem o Salvador “[choram] com os que choram (…) e [consolam] os que necessitam de consolo”.8
Quando agimos para abençoar a vida dos outros, nossa própria vida é abençoada. O serviço e o sacrifício abrem as portas do céu, fazendo fluir sobre nós as mais ricas bênçãos. Seguramente, nosso amado Pai Celestial sorri para aqueles que cuidam do menor de Seus filhos.
Ao edificarmos os outros, nós próprios também somos edificados. O Presidente Spencer W. Kimball ensinou: “Quanto mais servimos ao nosso próximo da maneira adequada, mais substância se agrega a nossa alma”.9
O Presidente Gordon B. Hinckley acreditava no poder restaurador do serviço. Após a morte da esposa, ele deu à Igreja um grande exemplo, mergulhando no trabalho e servindo aos outros. Conta-se que o Presidente Hinckley disse a uma irmã que tinha acabado de perder o marido: “O trabalho vai curar sua tristeza. Sirva ao próximo”.
Tais palavras são profundas. Ao nos perdermos no serviço ao próximo, descobrimos nossa própria vida e felicidade.
O Presidente Lorenzo Snow expressou idéia semelhante: “Quando se sentir triste, olhe ao redor e encontre alguém que tenha uma dificuldade maior que a sua, vá até essa pessoa, descubra o que a aflige e depois procure remover o incômodo com a sabedoria que Deus lhe concedeu; logo você perceberá que sua tristeza terá desaparecido, você se sentirá leve, o Espírito do Senhor estará sobre você, e tudo parecerá luminoso”.10
No mundo atual da psicologia pop, da TV sensacionalista e dos manuais prescritivos de auto-ajuda, esse conselho pode parecer irracional. Dizem-nos às vezes que a resposta para nossos males está em olhar para o próprio umbigo, fazer o que dá prazer, gastar agora para pagar depois e satisfazer os desejos, mesmo à custa dos que nos rodeiam. Embora haja momentos em que seja prudente cuidar primeiro das nossas próprias necessidades, a longo prazo, isso não leva à felicidade duradoura.
Instrumento nas Mãos do Senhor
Creio que as mulheres da Igreja, seja qual for sua idade, estado civil ou papel na família, compreendem e aplicam perfeitamente as palavras de James Barrie, autor de Peter Pan: “Os que trazem o sol à vida dos outros não conseguem deixar de desfrutá-lo também”.11Diversas vezes, testemunhei muitos atos silenciosos de bondade e compaixão de nobres mulheres que foram além da caridade altruísta. Meu coração se regozija ao ouvir relatos sobre irmãs da Igreja e de como elas se apressam em ajudar os necessitados.
Há pessoas na Igreja — homens e mulheres — que não sabem como contribuir para o reino. Às vezes, as solteiras, divorciadas ou viúvas se perguntam se há lugar para elas. Toda irmã na Igreja é muito importante — não apenas para o Pai Celestial, mas para a edificação do Reino de Deus também. Há uma grande obra a realizar.
Há um ano, nesta reunião, o Presidente Monson ensinou que “vocês estão naturalmente rodeadas de oportunidades de serviço. (…) Com freqüência, pequenos atos de serviço são tudo o que é preciso para erguer e abençoar outra pessoa”.12 Olhem ao redor. Ali, na reunião sacramental, existe uma jovem mãe com vários filhos — sente-se ao lado dela e ofereça ajuda. Na sua vizinhança há um jovem que está desanimado — diga-lhe que gosta de sua presença, que sente a bondade dele. Palavras de verdadeiro estímulo requerem apenas um coração amoroso e atencioso, mas podem exercer uma influência eterna na vida dos que a rodeiam.
Vocês, magníficas irmãs, servem ao próximo com compaixão por razões muito superiores ao desejo de obter benefício próprio. Ao fazê-lo, estão imitando o Salvador que, embora sendo Rei, não procurou destaque, nem Se preocupou se era notado ou não. Não Se preocupava em competir com os outros. Seu pensamento estava sempre focado em ajudar os outros. Ele ensinava, curava, conversava com os outros e ouvia-os. Ele sabia que a grandeza nada tinha a ver com sinais externos de prosperidade ou destaque. Ele ensinou e viveu a própria doutrina: “O maior dentre vós será vosso servo”.13
No final, o número de orações que proferirmos pode contribuir para nossa felicidade, mas o número de orações respondidas por nosso intermédio pode ter importância ainda maior. Que nossos olhos se abram para os corações pesarosos, percebam a solidão e o desespero; que sejamos a resposta às orações silenciosas dos que nos cercam, que sejamos instrumentos nas mãos do Senhor para atender a essas orações.
Conclusão
Queridas irmãs, tenho uma fé simples. Creio que, se forem fiéis e diligentes em guardar os mandamentos de Deus, aproximando-se Dele com fé, esperança e caridade, tudo se reverterá para o seu próprio bem.14 Creio que, à medida que vocês se perderem na obra do Pai — ao criar beleza e ter compaixão para com os outros — Deus as envolverá nos braços de Seu amor,15 e o desânimo, o cansaço ou os sentimentos de inadequação darão lugar a uma vida cheia de significado, graça e realização.
Vocês são filhas espirituais do Pai Celestial, e a felicidade é sua herança.
Vocês são filhas especiais do Pai Celestial e, por meio das coisas que criam e pelo serviço compassivo que prestam, são uma grande força para o bem. Vocês farão do mundo um lugar melhor. Ergam a cabeça; caminhem com confiança. Deus ama vocês. Nós amamos vocês e as admiramos.
Disso testifico, e deixo com vocês minha bênção como Apóstolo do Senhor, no nome de Jesus Cristo. Amém."
Para conferir as referencias, segue o link: https://www.lds.org/liahona/2008/11/39?lang=por